25 novembro, 2010

“MORTE EM VIDA”


Quando ao iniciar este pequeno comentário, notei que a pagina estava em branco, tive a impressão que não iria sair nem um texto, nenhuma “palavra poética” ou até mesmo um mero rascunho, pensei nos inúmeros assuntos que poderia externar, os causos positivos e ou negativos de minha vida, ou até mesmo de pessoas chegadas ou não a mim. Foi o que pensei.

Faz um tempão que não escrevo absolutamente nada, estou em luto interno, luto da vida, dos preconceitos baratos, dos rumores de guerra, das dores caladas, que devastam a nossa existência e consomem toda a nossa energia.

Em um pequeno espaço como este, posso engrandecer uma pessoa, uma nação, enriquecer a literatura nacional, no entanto também posso desgraçar uma vida, uma nação, toda uma religião, as possibilidades são infinitas.

Certa vez conheci um homem, largado a própria sorte, sepultado em plena vida, mutilado e totalmente excomungado do convívio social. Este pobre homem sem destino algum, sem começo, meio e fim, passou anos de sua vida, a buscar abrigo, ou mesmo a proteção de alguém, pobre rapaz, nem mesmo nos braços maternos foi consolado.

No momento em que relato um pouco da história deste “amigo”, meu estomago, luta contra a minha razão, a sensação de fome, a sensação de vazio, a mesma tantas vezes sentida por meu bom “amigo”, em parte pelo alimento físico diário, mas em muito pela falta de carinho, de amor, de ternura, de compaixão, de uma amizade justa e sincera, a fome da alma, que o alimento físico não consegue saciar.

Pela vidraça despedaçada da alma vejo-o, com um olhar perdido, um olhar morto e sem vida, um olhar de uma pessoa, sem destino, sem passado, sem presente e sem futuro. Vão-se horas preciosas, vão-se dias, já se foram anos... Anos que ninguém, notará, nem mesmo o relógio parado da eternidade contabilizara.

No dia de seu falecimento, perdão pelas palavras. Inicio-me de novo, no dia de seu nascimento, já sem vida o seu corpo, foi retirado do ventre de sua mãe, posto em um caixão de carne e ossos ambulante, assim fora sepultada a sua vida e extirpado os seus sonhos, ainda nos braços de sua mãe.

Certa tarde estando em minha casa, veio a triste noticia, ele morreu... Seu corpo finalmente encontra o “destino” que a muito tempo o aguardava. Meu coração deu um sopro, busquei lagrimas em meu rosto, mas não vieram, pensei... pensei ... pensei profundamente. Sou eu também culpado! Desta morte.

Deixei-o sem abrigo, sem carinho, sem uma conversa franca, não fiz a parte que me coubera, não fiz o que se esperava de mim, não fiz nada... Apenas deixei acontecer, tristeza! Sensação de vazio! De perda! Ou simplesmente o remoço por não ter feito nada! Não sei!

Tem momentos em nossas vidas, que o tempo parece parar ... As lágrimas demoram a cair, a dor tarda em nos deixar... Há momentos, que desejávamos voltar no tempo e reparar o que de errado fizemos, mas que repetidamente iremos fazer novamente, e novamente, e novamente (...)

A pessoa a quem me refiro hoje jaz morta! Seus sonhos foram interrompidos, se é que um dia chegou a sonhar. Suas lágrimas nunca se secaram, seus ouvidos nunca ouviram palavras tênues de amor e carinho, e até na morte... Morrerá com chegara ao mundo, sem abrigo, proteção e sem um braço materno para consolá-lo.

Por isso, não deixe de expor os seus sentimentos, amanha talvez à pessoa a quem você ame, não estará suficientemente perto para ouvir as tuas palavras.

Paz e Vida 


Fernando Saraiva

16 novembro, 2010

ESPELHO
“VEJA-SE COMO DEUS VÊ VOCÊ”

A cada dia que se levanta, vejo uma nova oportunidade de ser quem EU sempre quis ser... Não uma pessoa oprimida, por religiões inúteis, que volta e meia tentam apenas “roubar” o nosso dinheiro, e assassinar os nossos sonhos, frustrar as nossas expectativas e nos culpar por não alcançarmos aquilo que pretendíamos, por causa do “suposto” pecado oculto.

Pensar mais em DEUS, é pensar menos em nós mesmos, é aprender com os nossos erros. Mas  sei que isso é uma tarefa bem difícil, pois somos propensos a acreditarmos que somos auto-suficientes, e que por nossas próprias forças e talentos pessoais conseguiremos resolve-los, ou confiando na “intermediação” de alguns pseudoslideres religiosos, que assim se intitulam, como profetas de deus e sabedores de tudo.

Pensar no mundo como uma gigantesca massa gasosa, com bolsões de água e rochedos com características únicas para a ocorrência de vida, e que toda essa perfeição “nasceu” do acaso, isso é tolice, mas eu respeito essa tolice, pois somos livres para pensarmos e acreditarmos no que quisermos, até na existência de DEUS ou não. Não creio que eu, seja mais sábio do que aquele que postulou essa “doutrina” e nem que a “minha”, ou no caso a nossa teoria constitui-se na mais correta, isso também é tolice, e das mais ingênuas .

Se considerar propriedade de Cristo, e cometer os mesmos “crimes” seculares, isso é mais do que hipocrisia, isso é burrice!!! O Eterno vê o mais profundo intimo de nosso ser. Mesmo se nos escondêssemos na mais profunda escuridão, no vazio de nossos quartos, no obscuro de nossas mentes... Ainda assim ele se faria presente, sondando-nos e percebendo quem realmente somos longe dos holofotes... Ele tem acesso aos mais belos pensamentos e sentimentos sentidos por nós, e ao mesmo tempo aos mais “imundos” e sortidos que se passam em nossos motéis particulares, a nossa mente!!!

Todos os dias busco uma identidade pessoal, algo difícil de construir, e sei que ainda levara um bom tempo para ser terminada. Pergunto –me dia após dia... Noite a após noite. Será que fiz valer a pena??? Todas as decisões que tomei ao longo do dia, da semana, do mês, do ano, da vida...Será que valeram a pena??? Para onde irei...Com quem me banquetearei... Com quem passarei a eternidade dos meus dias... Com quem???

Muitos pensam que a eternidade seja apenas um vento passageiro, e por esta e por outras razões, vivem de modo louco a alucinado, um modo hedônico de ser e de viver. Passam tanto tempo querendo viver novas experiências, que acabam não vivendo e nem aproveitando o melhor que a vida pode oferecer.

Creio na existência e na auto dependência de nossa estrutura espiritual (alma), do grande EU SOU, no entanto somos ao mesmo tempo tão independentes, pois fomos projetados por DEUS, para pensarmos e agirmos livremente, ele nos criou a sua imagem e semelhança para sermos protagonistas e não meramente espectadores da vida.

No final dos dias passara como que um filme diante de nossos olhos, e descobriremos quem de fato éramos: Não se surpreenda com o desfecho, pois fomos nós mesmos que redigimos , dirigimos e atuamos nesta história.

Qual seria o teu papel nela??? 

Pense nisto e medite: Como DEUS me vê ???


Paz e Vida 
 Fernando Saraiva

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