25 setembro, 2009

 "UM BARCO, UMA CRUZ E UMA MISSÃO"





Certa vez por entre as ondas do mar, um barquinho tão frágil como o isopor, lutava contras as ondas de aço do mar revolto, ele levava uma preciosa carga, que afetaria a vida de milhares de vidas de uma pequena vila, cada vez que as ondas estancavam violentamente em seu casco, maior era a sua determinação em prosseguir a jornada.

Ao longe um pequeno farol, avistava a cena, desesperando vendo que a chama de sua luz, estava a ponto de desfalecer, gemia de dor e agonia, quanto mais tempo transcorria, maiores eram as chances de suas chamas se apagarem e do barquinho sem rumo naufragar e se perder na escuridão da noite, muitas vidas dependiam deles, do barquinho que trazia a preciosa carga e do farol que guiava ele entre a noite escura e o mar revolto.

Em certo momento a pequena embarcação fora arremessada em direção aos rochedos próximos da vila, por um instante parecia que os esforços de todos havia sido em vão, no entanto tão bravamente o barquinho surgiu por entre as rochas e as ondas, com força e coragem de terminar o que poderia ser a sua última travessia.

Na enseada da praia, as árvores que se entortaram devido a grande ventania, também resistiam bravamente, sendo impulsionadas por aquele barquinho, que sem uma raiz forte ou um caule robusto e resistente, estava firme em seu propósito, chegar ao fim de sua missão.

O céu estava nebuloso, o ar estava carregado, o mar estava furioso, mas nada podia deter o ímpeto de nosso protagonista que estava próximo de desmontar seus vigues, seu casco estavam cedendo e em pedaços seu mastro totalmente arruinado, seu leme, parcialmente destruído, mais ainda assim, ele estava lá, firme e forte.

Uma grande e assustadora onda se levantou os espectadores ao longe diziam em seus corações ___ Dessa vez acabou, é chegado o fim, não há mais esperanças, tudo se foi. A onda da morte submergiu o barquinho, nada mais se avistava no horizonte senão... A brava e honrosa resistência de nosso herói.

Após esta última e mais feroz investida, estava consumado como se o sol resplandecesse no horizonte, nosso herói havia ancorado na marina, e rapidamente a população resgatara os tripulantes e recolhiam a preciosa vacina que curaria de uma vez por todas, todas as doenças e mazelas da pequena vila.

O barquinho, tão valente, bravo e importante para a população daquela vila, havia sido esquecido, sua viagem terminara, e sua pobre estrutura estava totalmente em pedaços, era a sua última e mais importante jornada realizada até aquele dia. No momento que receberá a incumbência de transportar a mais preciosa das cargas, ele sabia, __talvez não volte mais, mas cumprirei o que me foi pedido, custe o que custar.

Jesus Cristo na cruz do calvário consumou a obra redentora, e “verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido" Isaías 53:4

Que possamos seguir o exemplo do barquinho, em meio as lutas e tempestades, possamos resistir firmemente em nosso propósito.

Amém!

Fernando Saraiva

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