25 janeiro, 2017

“Além da camada carnal”

Como é difícil ser, como é difícil ir além da camada da carne, além do fenótipo estético, além da aparência de piedade, além dos segredos da alma. Certamente você já viveu um dilema, uma culpa talvez, quando a tua boca dizia algo e seu coração apontava para outra direção, a direção da hipocrisia! 

Mostra-se como é, é uma tarefa dificílima em nossos dias, para quem recorreremos diante as nossas falhas? Muitos se afogam ainda mais em alguns vícios para esquecer, outros em conversas com anônimos nas redes socais, o anonimato, a morada dos covardes e ou dos sem saída, aonde paira o cinismo e o medo de serem expostos, não os culpo, como é difícil encontrar alguém em quem possamos confiar e revelar o caminho das mais sombrias e distantes cavernas da nossa consciência. 

Nossa, como nos isolamos nesse mundo globalizado e globalizante! Hoje nos deparamos com duas espécies de vida, a vida roteirizada das redes sociais, feliz, cercada de amigos, dias de sol, paz, amor e harmonia, e a vida real, carnal, sem maquiagem ou efeitos especiais, uma se vive nas grandes redes de comunicação, que pasmem, nos deixam cada vez mais isolados, a outra, na espuma macia e pesada como chumbo que é o nosso travesseiro, que descompasso de vida é essa!

Viver é muito mais que sonhar, que códigos e bit's de programas de “des”interação social, viver é se deparar com seus erros, suas falhas, seus segredos, com a cinza realidade do mundo real! 

Ser verdadeiro, ser autêntico em nossos dias, antes de ser uma qualidade de quem fala o que quer para todo mundo, é falar para si mesmo o que talvez ninguém tivesse coragem de te dizer! 

Que possamos romper a camada carnal que nos isola de nós mesmos e lançar luzes e estreitar caminhos entre a nossa consciência e a nossa realidade! 

Que Deus em Jesus seja exaltado! Amém 

Fernando Saraiva

20 janeiro, 2017

Metanóia - Uma mudança de Deus em nós

Imagem Extraída de: Academia de voo
Mudar, recomeçar ou começar do zero não é uma tarefa fácil, pois requer o abandono de muitas coisas, o confronto com outras tantas e a decisão de enfrentar as decisões do passado e de projetar  um incerto.

Nessa retomada do caminho ou primeiros passos, os tropeços são recorrentes, o desânimo e o desejo de desistir também, a cada passo, nossas pernas parecem ficarem mais pesadas, nossas metas mais distantes e a clareza do caminho ofuscado.

Nunca foi fácil nadar contra a maré, contra as expectativas frustradas e nem mesmo contra o nosso próprio sentimento de derrota, que em muitos casos, revelam apenas a nossa falta de confiança, nosso comodismo com o que vivemos, por vezes, sabotamos as nossas próprias tentativas de mudar!

Um dos conceitos mais intrigantes das escrituras sagradas cristãs, é a conversão, a mudança de hábito, de pensamento, de atitude, provocadas pela revelação de Deus de si mesmo aos nossos corações.

Dois gigantes da fé passaram por isso, o apóstolo Pedro e o apóstolo Paulo, cada qual da sua forma.

Pedro chamando para ser pescador de homens, andou com o mestre, ouviu seus ensinamentos, demonstrou de inicial, ter entendido a mensagem, ter compreendido quem era Jesus, o Cristo de Deus (Mateus 16:16), no entanto, viveu momentos de crise: 1) Negando que o conhecia  (Marcos 14; Lucas 22 e João 18); 2) Dissimulando com os Judeus, olhando para os velhos rudimentos (Gálatas 2: 11,12), no entanto, todos esses elementos o fizeram mais forte ao ponto de padecer por amor  a mensagem apregoada e deixada por Jesus, o Cristo de Deus.

Paulo por sua vez, ainda aspirando ameaças e mortes aos discípulos de um tal galileu, foi achado por ele a caminho de Damasco (Atos 9), ficando cego fisicamente, foi curado espiritualmente pelo Senhor, tornando-se por amor, prisioneiro da mensagem de Jesus e por seu exemplo (Efésios 3:1),foi embaixador em prisões da pátria celestial (Efésios 6:20), sofreu açoites, agressões, foi alvo de naufrágio, de perigos nas estradas (2 Coríntios 11: 23-33) e finalmente foi martirizado sobre o domínio romano, mas disse fervorosamente: “Quanto a mim, já estou sendo derramado como libação, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. 2 Timóteo 4:6-8

Cada um deles a seu tempo seguia o seu curso de vida normal, até que tiveram suas vidas mudadas pelo chamado divino (Atos 22), tendo a ciência espiritual dada pelo criador de olharem para si mesmos reinterpretando o seu passado por meio da visão que Cristo tinha deles.

Essa mudança (metanóia) que ocorreu nas vidas de Pedro, Paulo e tantos outros é o primeiro grande passo da nossa regeneração efetuada em nós pelo Espirito de Deus, que nos convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:7-8), tendo como resultados, a fé salvífica, a conversão, o arrependimento com a mudança de mentalidade e a interiorização da cultura dos céus em nós (Salmo 15).

A cultura dos céus transcende qualquer glória passageira desse lado da eternidade, que assim como Pedro e Paulo, possamos reinterpretarmos a nós mesmos perante Deus e do seu Cristo, de maneira tal, que simplesmente não esbarremos na verdade, mas sim, que nos deixemos sermos preenchidos e guiados por ela!

Fernando Saraiva

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