15 maio, 2021

Temporal

Na língua portuguesa, há inúmeros significados para a palavra temporal, dentre estes, cito alguns: relativo a tempo, chuva com intensidade elevada, uma passagem de tempo, passageiro, temporário, provisório bem como, algo relativo ao profano, não religioso, não espiritual, mundano.
Imagem da Internet


Ao pensarmos bem, são inúmeros os significados e suas aplicações! Vou me ater nesta provocação, ao sentido psicológico do termo temporal, espero que o leitor não se decepcione, ou se, realmente haverá alguém que se importe em ler... 

Quando o céu está nublado, nuvens cinzas, carregadas, trovões ao fundo, olhamos e de certo modo tememos o que virá, uma tempestade talvez? Chuvas fortes, riscos de enchentes, inundações, desmoronamento, vidas humanas em risco, no entanto, há certos temporais que não nos demos conta, certos riscos, enchentes, inundações desmoronamentos, que se escondem na superfície serena da pele, do corpo, da alma, e como são terríveis esses temporais!

Na superficial camada da pele, nenhum telescópio é capaz de enxergar as nuvens tempestuosas formadas, um sorriso, uma leve sombra de maquiagem, já é suficientemente capaz de negar a dor que o silêncio solitário da existência teima em confrontar aquele quem carregar tamanha dor! 

Às lágrimas mais dolorosas, são aquelas que caem para dentro, que não se libertam e não encontram sua alforria e nem o seu destino de serem secadas por mãos que afagam! 

Tempestades! Cada tempestade interna ou externa, tem seus riscos particulares, suas extensões preliminares, suas consequências inevitáveis. Qual a solução para tudo isso, questiono!? 

 A vida é um amontoado de improvisos e imprevistos, porém, devemos dentro das nossas possibilidades, construir fortalezas que nos protejam das tempestades que certamente um dia iremos enfrentar, no entanto, devemos distinguir que fortalezas não são prisões, fortalezas nos protegem, prisões nos limita. 

 Nunca desista, você já deve ter ouvido falar ... depois da tempestade vem a bonança! Curta o seu tempo debaixo do sol, sinta o cheiro da primavera, o calor do sol ...e a renovação da paisagem, aproveite o tempo, às convivência e você mesmo, lembre-se o seu maior patrimônio é quem você é... e isso a tempestade não leva!

Por: Fernando Saraiva 
São Luís, 14 de maio de 2021.

13 maio, 2021

O MEDO DE NÃO SER ALGUÉM

A vida é repleta de medos e temores, o medo nada mais é, que a ausência da coragem, ou melhor dizendo, de atitude! Por vezes, nos escondemos em hipóteses e construímos nossas vidas em constâncias inexatas. 
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O mundo é mais velho do que a nossa existência, o velho céu sobre as nossas cabeças, já presenciou mais choros e lágrimas de arrependimento, do que possamos imaginar. 

Por vezes, passamos boa parte da nossa trajetória, colocando-nos reféns em expectativas alheias as nossas vontades, justamente por medo de não sermos alguém! 

Vivemos boa parte de nossa história, buscando nos apoiar em  mimos existenciais, da mais efêmera necessidade platônica de ser reconhecido por outrem, que pasmem, também construiu sua existência em hipóteses e constâncias inexatas, sem valor algum para aqueles que eles achavam que deviam igualmente agradar! Que triste tudo isso!!!

Devemos em algum momento de nossa pueril existência, acordamos da nossa matrix real, e sermos o nosso próprio Neo, negando em nós a permanência deste eterno ensaio de um ciclo vicioso de tempest_idades que nos consome na mais triste sinfonia de desamor próprio, ciclo este que chamamos de vida.

Vida esta, que nunca  de fato vivemos para nós mesmos, mas sim, à  tentativa infindável e infundável de viver as expectativas e planos dos outros!

Devemos buscar, no intervalo da finitude humana comum a todos (vida e morte), um real e verdadeiro sentido de sermos quem somos de fato, e não o espectro das intencionalidades e desejos daqueles que letargicamente tentamos  agradarmos, ao invés disso, devemos  tornamo-nos agradáveis a nós mesmos, vivendo nossas próprias expectativas, e nos deparando com as nossas próprias frustações! Frustrações e enganos, que cabem exclusivamente à nossa consciência aceitar, aceitar a responsabilidade que carregamos ao viver em voo solo!

Vencer o medo de não ser alguém, pode a priori ser mais difícil do que pensamos, mas lembre-se, viver é muito mais que existir, as pedras existem, mas não tem domínio de si, antes são chutadas, amarradas e escondidas... Não sejamos com a pedra a mercê de tudo, sejamos com as andorinhas, que podem até voar em bando, mas, fazem do seu voo solo, a sua própria existência! 

Por: Fernando Saraiva 
São Luís, MA, 08 de maio de 2021.

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