A vida é repleta de medos e temores, o medo nada mais é, que a ausência da coragem, ou melhor dizendo, de atitude! Por vezes, nos escondemos em hipóteses e construímos nossas vidas em constâncias inexatas.
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O mundo é mais velho do que a nossa existência, o velho céu sobre as nossas cabeças, já presenciou mais choros e lágrimas de arrependimento, do que possamos imaginar.
Por vezes, passamos boa parte da nossa trajetória, colocando-nos reféns em expectativas alheias as nossas vontades, justamente por medo de não sermos alguém!
Vivemos boa parte de nossa história, buscando nos apoiar em mimos existenciais, da mais efêmera necessidade platônica de ser reconhecido por outrem, que pasmem, também construiu sua existência em hipóteses e constâncias inexatas, sem valor algum para aqueles que eles achavam que deviam igualmente agradar! Que triste tudo isso!!!
Devemos em algum momento de nossa pueril existência, acordamos da nossa matrix real, e sermos o nosso próprio Neo, negando em nós a permanência deste eterno ensaio de um ciclo vicioso de tempest_idades que nos consome na mais triste sinfonia de desamor próprio, ciclo este que chamamos de vida.
Vida esta, que nunca de fato vivemos para nós mesmos, mas sim, à tentativa infindável e infundável de viver as expectativas e planos dos outros!
Devemos buscar, no intervalo da finitude humana comum a todos (vida e morte), um real e verdadeiro sentido de sermos quem somos de fato, e não o espectro das intencionalidades e desejos daqueles que letargicamente tentamos agradarmos, ao invés disso, devemos tornamo-nos agradáveis a nós mesmos, vivendo nossas próprias expectativas, e nos deparando com as nossas próprias frustações! Frustrações e enganos, que cabem exclusivamente à nossa consciência aceitar, aceitar a responsabilidade que carregamos ao viver em voo solo!
Vencer o medo de não ser alguém, pode a priori ser mais difícil do que pensamos, mas lembre-se, viver é muito mais que existir, as pedras existem, mas não tem domínio de si, antes são chutadas, amarradas e escondidas... Não sejamos com a pedra a mercê de tudo, sejamos com as andorinhas, que podem até voar em bando, mas, fazem do seu voo solo, a sua própria existência!
Por: Fernando Saraiva
São Luís, MA, 08 de maio de 2021.
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