25 novembro, 2013

“A FÉ DOS FARISEUS”


"Religião é uma coisa confusa para todos, e particularmente para mim. Não existe uma religião que não condene algum tipo de comportamento. E eu acredito no amor e no perdão para todos". Lady Gaga

Enganam-se aqueles, que pensam que negando-se a si mesmo, encontrarão salvação para a sua alma,  e alento para o seu corpo.

Enganam-se aqueles, que pensam que precisamos agradar algum dos tantos deuses que se confundem diante de tantas idas e vindas de doutrinas mais confusas e estranhas ainda, para que no final não nos consuma em chamas!

Enganam-se aqueles, que pensam que negando-se aos prazeres da vida, alcançarão o perdão por pecados que não cometeram.

Engana-se aqueles, que pensam que cobrindo-se com vestes horrorosas, conseguirão esconder a beleza das curvas do corpo humano... Esquecem esses que nascemos nu?

Enganam-se aqueles, que pensam estarem certos sobre uma teoria sem notarem que existem tantas outras que estão na mesma posição de certeza.

Enganam-se aqueles, que usam o nome de deus para humilhar outros seres humanos, escondendo-se em algum dos intermináveis “livros sagrados” o seu preconceito inútil.

Enganam-se aqueles, que porventura inferiorizam outros seres humanos por sentirem-se inferiores!

Enganam-se aqueles, que em base de tudo o que foi dito, ainda acham que estão corretos em seus julgamentos, pois a fé que tanto ostentam, apenas refletem os seus preconceitos escondidos,  e o seu extremo e interminável medo de serem rejeitados naquilo que tanto se glorificam.

Reflexão e Vida.

Fernando Saraiva

03 novembro, 2013


"SÓ MAIS ALGUMAS HORAS".


 Imagem: Alix Cléo Roubaud 
27° Festival de Almada: O Quarto (Escuro) – Duplicações


Só mais algumas horas e todos vocês saberão, que a dor de viver foi mais forte do que a vontade de existir. Pensei muito, muito em todos os acontecimentos que me fizeram chegar nesse ponto, nessa encruzilhada! 

Fico a pensar agora, a alguns instantes de um ato milimetricamente estudado, que a tortura da madrugava fria, cálida, doentia, revelava-me o inevitável desfecho, como queria que fosse diferente, mas não! Não encontro mais razões, nenhuma boba e fútil razão... As dores são demasiadamente insuportáveis para um coração fragilizado, peço que assim que a noticia chegar aos seus ouvidos, que não me julguem, entendam que a anestesia total é a única solução possível, e eu estou me valendo dela nesse momento!

Em alguns dias, as lágrimas secarão, o meu rosto será uma suave lembrança, buscarão os motivos, levantarão as hipóteses, mas tardiamente encontrarão as respostas, aonde se esconderá o seu riso, e as suas lágrimas como não notamos... Serão algumas de suas interrogações, mas gentilmente peço-vos não percam tempo, com aquilo que já se foi!

Em alguns anos... Serei apenas uma lembrança no rosto cansado daqueles que realmente me amavam, serei lembrado como uma melancólica recordação no dia de meu aniversário, talvez acendam uma vela no dia de finados, quem sabe com o intuito de iluminar meu caminho ou ascender meus pensamentos... Não sei, fui me perdendo por entre as nuvens da amargura e da clareza dos dias que tanto orgulhava-me. 

Após algumas décadas, vejo entrar pelo portão, aqueles que abandonei em vida abraçando a morte, nessa hora eu vi, o quanto me custará não ter resistido só por mais algumas horas. 

Luz,

Fernando Saraiva

24 outubro, 2013

"MINISTÉRIOS ABENÇOADOS E ABENÇOADORES"


Imagem extraída de: 
 http://abrigo7.com/blog/tag/igreja 

Atualmente muitas denominações buscam implementar a pregação do evangelho com práticas administrativas empresarias, utilizando-se para isso de uma analise mercadológica da fé, modelos de sucesso são reproduzidos insistentemente, os 10 passos para crescer ministerialmente;  faça de sua igreja a casa da bênção; use a bíblia para prosperar... E entre outros permeia a mente e os escritórios de alguns lideres “evangelistas” de nossos dias.

Ministérios que proporcionem ascensão social, financeira, amorosa, são em muitos casos mais valorizados do que outros, estão mais na mídia, nas páginas de noticias “gospel”, bem, estão nas mentes de quase 45 milhões de evangélicos pelo país, e por que não de toda a população mundial!

“Igrejas” são abertas a cada momento, e chega a ser ridículo, uma do lado da outra, para quê isso mesmo? Bem, não sei ao certo! E se sei prefiro não falar, pelo menos agora.  

Transitando pelos canais da TV aberta, vejo cada ministério abençoado, testemunhos de “bênçãos” e mais “bênçãos”... Acho que esse negócio é bom! Vou pagar pra vê! Pagar? Não! Um milhão de vezes não!

Há muitos ministérios abençoados em nosso Brasil, e poucos são aqueles que realmente abençoam! VocÊ já notou que a igreja, esta que está na mídia sendo sufocada por campanhas e mais campanhas, está mais para o impostômetro do céu do que para Pedro e João em seu dialogo com um coxo a entrada da porta do templo, chamada Formosa?

Bem, os ministérios abençoadores... Eles não estão estampados nas placas de vitórias, de bênçãos, de sucesso profissional, que tristemente alguns de meus contemporâneos acabam por tropeçar em sua caminhada, os ministérios abençoadores são aqueles que dividem o que mais precioso existe na vida de um cristão, que é Cristo vivo em nós, e isso pode ser feito em um templo ou debaixo de uma bananeira, pois não importa o lugar e sim a pessoa!

Que em meio a essa crise compremos o verdadeiro ouro que provem das mãos limpas de Cristo.

Amém,
Fernando Saraiva

11 outubro, 2013

“APÓS ALGUNS ANOS”



Créditos Imagem: Poluição – Por Joanna de Ângela (espírito) e
 psicografado por Divaldo pereira Franco


Após alguns anos... Pude perceber o quanto eu mudei, o quanto minha mente divagara em inquietações, palavra esta usualmente encontrada por entre as densas camadas de minhas texturas escritas.

Em uma pequena mais significativa volta ao passado, por mais breve que seja, traz profundas, insondáveis e preciosas reflexões. Não estou a falar de nenhuma sessão de regressão, mais apenas de um autoexame conceitualmente espiritual, contextual e real da vida que se segue a minha, perguntas como de costume não poderiam faltar! Que convicções tinha, sonhos, medos, segredos, mistérios...? E hoje eles representam algo significativo? Ou tornaram-se sombras de um passado esquecido na reminiscência de minhas visões infantis?

Alguns anos antes... Como eu era? Como me enxergava? O que pensava?... Temo não saber as respostas, ou melhor sei que as não tenho!

Apropriando-me de um quadro televisivo dominical, questiono-me... O que eu vi da vida? O que a vida me apresentará nesses quase vinte e tantos anos de existência? O que eu faço dela? A desperdiço, a aproveito... Ou apenas a vivo? Mas outro conceito me abate... O que é viver? Será que faz algum sentido tudo isso? O que eu sou hoje... reflete o que eu era antes? Ou melhor, o que eu fui? Ou continuo ser... Não sendo exatamente o que fui? Não sei... Às vezes não reconheço a tenaz criança de outrora, mas por vezes vejo-me a preservar os mesmos sonhos de antes, remodelados na turva visão de quem vai se distanciando da criança passada que já não existe mais, mas que teimar a querer regressar e tomar um lugar que já não lhe pertence nessa existência transitória de agora.  

Nessa abstinência de mim mesmo, vou contando os passos sem saber aonde chegar, onde reclinar a cabeça e admoestar a alma.  A vagar pela terra encontra-se nesse momento um ser que cuja existência é um mistério e a vida um amontoado de incontáveis inquietações que se somam e multiplicam-se a “eternificação” metafórica de respostas inalcançáveis e miseravelmente almejadas!  Sim, após alguns anos... Ainda estou eu cá a procura-me por entre as teias que constituem o que sou!

Luz e Vida.

Fernando Saraiva

10 outubro, 2013

"EXÓRDIOS"


Perdido nas sombras da noite me encontro, em meio a confusão de múltiplas realidades não vividas, de ficções elaboradas na teia dos dramas diários que o meu coração em meio a cantos de alegria teima em esconder.

Encontro na sinuosidade da simplicidade das palavras um conforto que abrasa meu corpo e suaviza a dor que me angustia. Exórdios de existências inacabadas das quais sou tão refém como carcereiro...culpado , culposo e vitima... Vitima dos sentimentos e culpado por tê-los e perigosamente alimentá-los.

Guardo em mim as sentenças de minhas escolhas e um pouco além do meu ser fora do meu corpo, trancados e incomunicáveis em meio à solidão da multidão de meus pensamentos confusos estão, cuja chave das algemas que me prendem ainda não fora inventada por mãos dos homens ou dos deuses e que cuja existência só é possível devido a minha complacência diante os fatos que me condenam.

Diante da realidade que se segue nesses últimos dias tenho dedicado minhas madrugadas a certos questionamentos que a muito me perseguem, e nesse vai e vem de confusão, pude descobrir que é no silêncio da noite que o barulho da minha mente se faz notar e aquilo que eu sou se mostra mais evidente diante meus olhos em lágrimas.  

Luz e Vida.
Fernando Saraiva

06 setembro, 2013

"SÍMBOLOS DA AUSÊNCIA"



Recentemente passei a pensar com mais propriedade nos diversos símbolos que compõem o nosso cotidiano e o que eles representam a nós. Um exemplo seria daqueles que acreditam que o pão e o vinho simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, ou ainda que uma pedra remodelada, um altar, ou uma construção de tijolo ou alvenaria poderia representar a morada de Deus na terra e não tão somente aquilo que realmente são, simples objetos!

Símbolos, que para alguns são esquisitos e inusitados, para outros são familiares e com grande importância. O bem da verdade é que, nenhum símbolo representa tão bem o amor do ser humano a Deus, quanto à indiferença com que este trata o seu igual.

Perguntaram certa vez a José Saramago: – Como podem homens sem Deus serem bons? Sua resposta foi: – Como podem homens com Deus serem tão maus? Pensando no olhar da graça de Deus dirigida aos homens, vejo uma acentuada ausência de graça do homem dirigida ao próprio homem.

Anthony Hechet um intelectual judeu, expressou de forma simples o que representa essa falta de graça com que os cristãos tratam os seus semelhantes.  “Com o passar dos anos, não somente a conheci melhor [a minha fé] como também me tornei cada vez mais familiarizado com as convicções dos meus vizinhos cristãos. Muitos deles eram pessoas boas que eu admirava e com as quais aprendi coisas boas. E havia muita coisa na doutrina cristã que também me parecia agradável. Mas poucas coisas me atingiram com mais força do que a profunda e incompreensível hostilidade existente entre católicos e protestantes”.

É entristecedor vê um cristão que não se parece em nada com Cristo.  Sei que as pessoas não são perfeitas, e sempre terão falhas, no entanto, como eternizou Paulo Freire “é fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num dado momento a tua fala seja a tua prática.". Que abandonemos os símbolos da ausência da graça oriunda dos pilares da religião e tornemo-nos mais humanos  e semelhantes a Cristo.

Concluo-o com um pensamento de uma amiga “ser cristão não é travar guerra contra quem não é... Entendo que ser cristão é amar sem medidas e entender que não sou ninguém pra obrigar alguém a acreditar no que eu acredito.” Rayoneide Rocha

Reflexão e Vida.
Fernando Saraiva

04 setembro, 2013

"O EVANGELHO SEGUNDO ELES"



O evangelho segundo eles, é um evangelho de um homem que sendo A figura de Deus humilhou-se e suportou em seus ombros todas as dores do mundo, o evangelho segundo eles, é um evangelho repleto de graça, de uma jovem que diminuiu-se para que fosse feita a vontade do criador.

O evangelho segundo eles, é um evangelho de cruz, cravos e espinhos, que cura, liberta e salva, o evangelho segundo eles, é um evangelho que provoca regeneração, que não mortifica a carne, mas fortifica o espírito, pois sabendo eles, que no mundo teríamos aflição nos ensinaram a termos bom ânimo para prosseguirmos.

O evangelho segundo eles, estende as mãos e diz: Não tenho prata e nem ouro, mas o que tenho isso vos dou, Jesus Cristo Homem.

O evangelho segundo eles, não está baseado em barganhas, favores, penitências e ou bajulações, na verdade ele está baseado, na revelação da glória de Deus aos homens. 

O evangelho segundo eles, fala de Cristo em nós e de nós em Cristo. Se o evangelho que vocÊ estiver ouvindo não falar de Cristo vivo em você, mas somente das “bênçãos e vitórias” que o evangelho “pode” te possibilitar, tenhas a certeza, que não é de Cristo que estão falando, mas sim de formas de se ganhar dinheiro.

Reflexão e Amor,


Fernando Saraiva

05 julho, 2013

"O FIM DA FAMÍLIA?"

O conceito de família não se detém a apenas a configuração tradicional (Pais e Mães héteros), influenciada e difundida  pela colonização cristã e a consequente disseminação de sua ideologia pelo mundo.

A estrutura familiar se processa de muitas outras formas, pais que educam filhos longe da presença da mãe por falecimento ou outra circunstância, crianças criadas pela avó, avô, tio e afins, também não configuram família? Família se resumiria a configuração de membros ou de sentimentos?

O que se quer com a PL122 é adequar conceitualmente as filiações familiares, as novas e irreversíveis mudanças nas configurações de relacionamentos e estrutura familiar moderna, que não se resume tão somente a relação cromossômica paternal.

Se o conceito de família  for somente limitado a configuração biológica do termo pai e mãe, casais que por sua vez adotassem crianças por serem estéreis e ou que mesmo tendo vários filhos optassem em adotar uma criança, não poderiam ser chamados de pais e mães, pois de fato não participaram na geração daquela vida. O pensamento que nega a adequação e ampliação do conceito familiar em nossos dias está carregado de uma ideologia cerceadora de direitos, que querem privatizar certos tipos de "domínios" que há pouco tempo eram privativo de determinadas alas da sociedade em virtude da vocação sexual.

O que estar de fato relacionado a essa tentativa de se criar a ideia que a PL122 vem justamente a abolir o conceito de família, não passa de uma falsa argumentação daqueles que querem esconder o seu preconceito frente às novas demandas de movimentos de liberdade sexual, que desejam construir sua FAMILIA como qualquer outra pessoa.

O discurso que quer coibir a ampliação do termo família na legislação brasileira é o mesmo discurso que promove o abandono de crianças em esquinas, praças, lixões e afins... Não quero aqui generalizar, no entanto vale ressaltar que a agenda de discussões política de nossa nação, atualmente estar passando pelo crivo ou ralador das “representações cristãs” no congresso!  Representações estas que estão provocando sérias e perigosas ranhuras na verdadeira mensagem deixada por um certo Galileu há alguns milênios atrás.

O que se vê na “bancada cristã” no congresso nacional é uma legislação em favor próprio, de suas congregações, de seus interesses  pessoais, da perenização de votos de uma parcela da sociedade, que em alguns casos, demonstra certa alienação frente aos abusos cometidos pela “bancada” parlamentar  que os “representam”...

Basta-nos inquirir destes se as mesmas ações empregadas hoje com cunho “cristão” fossem realizadas por “extremistas” islâmicos por exemplos teriam o mesmo apoio que se vê hoje em nosso país, que é cada vez mais cristão, e é cada vez mais distante de Cristo!


Reflexão e Amor,


Fernando Saraiva

02 julho, 2013


“POUCO AMOR NÃO É AMOR”


“Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta FÉ, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, MAS, se não tivesse amor, eu não seria nada.” (I Coríntios 13.2 NTLH)

Como o cristianismo praticado atualmente é visto pelos de fora? Como é visto a mensagem da cruz? Ela é realmente vista?  Ela é realmente pregada? A última vez que pus meus pés em uma "igreja" templo, fiquei envergonhado pelas coisas que ouvi. Pelas coisas que os "cristãos" pensam e realmente acreditam ser a verdadeira mensagem da cruz.

A mensagem da cruz para aqueles que não a conhecem, busca o arrependimento ao invés da barganha, entrega a graça ao invés do legalismo, ministra a pregação do amor  e não o discurso inflamado do ódio, prega a humildade e não a soberba dos que si dizem salvos.

Poderia ter fé, mas se não tivesse o amor com o qual fui amado, nada seria a não ser aquilo que a religião diz que eu sou, um salvo sem vocação! Poderia conhecer mais de bíblia e do suposto caminho que me levaria a salvação, mas se me faltasse a essência do amor, como poderia dizer que sou a imagem e semelhança do Pai que em mim reside?

Poderia ter o dom de converter multidões, elaborar as mais belas mensagens evangelísticas, ficar prostrado durante incontáveis horas em oração, mas se me faltasse  a dispendiosa gratuidade do amor, seria um espaço preenchido pelo vazio.

Poderia compreender todos os mistérios da existência, responder a todas as questões da humanidade, ser o mais sábio entre os homens, mas se me faltasse o amor... Seria o mais miserável ser!  Poderia ter poderes extraordinários, remover mares, montanhas, planetas... Mas se me faltasse o amor... Faltaria tudo!

“Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta FÉ, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, MAS, se não tivesse amor, eu não seria nada.”

O amor é o principal requisito da existência humana e infelizmente é o último requisito que a grande maioria de cristãos se lembra.


Crer é Refletir.

Fernando Saraiva

28 junho, 2013

“SERES INSENSÍVEIS”


“Vi ontem um bicho. Na imundície do pátio. Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, não era um gato, não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.” (O BICHO de Manuel Bandeira Rio, 27 de dezembro de 1947).

De 1947 a 2013, pouca coisa mudou, aliás, nem todas. Hoje infelizmente vemos com mais naturalidade a mesma cena. Talvez estejamos cansados, anestesiados, enfastiados frente o sofrimento humano, talvez estejamos colocando botox na “alma”, e plastificando o sangue e a consciência.

Às vezes dirijo olhares distantes sobre esses seres “invisíveis”, e volto a mim mesmo com pesar quando escrevo. Eu também os trato como se não existissem, como se não estivessem a mendigar um olhar mais humano sobre o seu sofrimento.

Mantenho-nos distantes, desconfiados... Pré julgamos a condição alheia sem ao menos nos darmos conta de seus sofrimentos, de suas dores, de sua história. Recentemente perdi um parente que vagava pelas ruas, sem lenço, sem documentos, sem a dignidade usurpada pela sociedade que a muito o enxergava como um lixo ambulante, uma escoria que nos perturba para conseguir uns vinténs com o único objetivo de alimentar o vicio. Mas não sabem eles, não soube eu, que as dores, os sofrimentos, o desprezo foram insuportáveis demais para o frágil corpo humano.

“Vi ontem um bicho. Na imundície do pátio.” Não somente do pátio, nas esquinas das praças, nas vielas, em todas as partes.  Vejo seres invisíveis com uma frequência assustadora, vejo vidas destruídas, pessoas calejadas pela dor, vejo homens, mulheres, idosos e crianças a mendigar um pedaço de pão, uns poucos vinténs, um olhar mais humano. A realidade muitas vezes é cruel, a vida não é sempre um lindo sonho colorido, mas podemos sim mudá-la com menos discursos e mais atitude.   

Reflexão e Atitude,
Fernando Saraiva

19 junho, 2013

 "O SILÊNCIO DAS IGREJAS FRENTE O APELO POPULAR"



As luzes ainda raivam no dia 05 de junho de 2013, cerca de 50 mil “manifestantes” ligados a inúmeras igrejas cristãs evangélicas, tomam os “jardins” de Brasília capital do Brasil, com palavras de efeitos, alimentadas por uma “fé de mais”, gritam e  gesticulam sobre a liberdade de expressão, gritam querendo preservar o seu direito de humilhar pessoas que aceitaram assumir a sua forma de amar.  No dia 13 de junho, milhares de pessoas lotam as ruas da cidade de São Paulo, reivindicando não apenas a redução de R$ 0,20 centavos na tarifa do transporte público, mas sim mais de 500 anos de exploração por parte de políticos, que se utilizam do dinheiro público para fazer fortunas particulares.

Centenas de manifestantes foram presos, outros tantos sofreram agressões que podem resultar em serias sequelas para a vida inteira. Ao contrário do primeiro ato, nenhum desses manifestantes pertencia ao grupo de "manifestante" do dia 05 de junho de 2013. Nenhum líder da primeira manifestação tomou partido ou veio a público defender aqueles outros manifestantes que apanharam nas ruas da cidade paulista. O que se pode extrair disso tudo?  Que para alguns é mais perigoso para a nação a união de casais do mesmo sexo, do que a corrupção, a desvalorização, e descomprometimento de nossos lideres políticos, que lideram não somente uma igreja, não somente uma bandeira ideológica, mas toda uma nação! 

Ontem, 18 de junho de 2013. O Deputado Marco Feliciano (pastor evangélico em tempo integral), no já consagrado estilo de se fazer política em nosso país, enquanto todas as atenções estavam voltadas para os movimentos populares contrários a privatização do povo brasileiro, que está farto da extrema carga tributária e vitima de serviços precarizados e sucateados por falta de investimento dos governos, aprova a malfeitora "cura gay"! Que na verdade não passa da tentativa de IMPOR a supremacia de uma "elite santa", que de santa não tem nada!!! Que quer impor o seu estilo de vida como o único a ser seguido! Qualificando o amor que muitos possuem como doença. Recuso-me a acreditar que um dia estive do outro lado! Justamente eles que dizem ser a luz do mundo, o sal da terra, acabam por sua vez em atitudes como essas esfriando qualquer tipo de amor ou elo que se possa ter com o profeta Jesus. Que falava da necessidade de se cultivar o amor e não o ódio.

É triste pensar que tais lideres, que poderiam muito bem usar a influencia que exercessem (por que exercessem mesmo),  de seus fieis súditos/ clientes/ para lutarem por causas que realmente valem a pena. Triste pensar que a mesma teologia, que vitimou milhares na inquisição na idade média, que mostrou o terror do cristianismo ao mundo, ainda ocupe lugar nos corações dos “crentes” em pleno século XXI.

É lamentável vê que de todos os “pecados” o único e o mais terrível de todos, o amor, é punido com severidade e sem compaixão... Enquanto outros como o amor ao dinheiro (pastores riquíssimos que pregam a teologia da prosperidade), são vistos como heróis nacionais pelos evangélicos alucinados por LSD.  

Quão bom seria, e seria mesmo... Se os cristãos se parecessem mais com Cristo, do que com seus lideres malfeitores (pastores)... Que fossem aos templos e expulsassem os comerciantes que por lá vendiam e desvirtuavam o templo. que não fossem conformados com o presente século, mas que fossem transformados e transformadores da sociedade pela renovação de seu entendimento, talvez e só talvez... a luz pudesse ser enxergada por aqueles de nós que ainda não foram achados pelo caminho.

Reflexão e Vida


Fernando Saraiva

12 junho, 2013

"TEMPORALIDADE DO ÓDIO".


Desde que o mundo é mundo algumas pessoas tentam impor seus credos, seus pensamentos, seu modo particular de viver a vida, a qualquer custo e a qualquer preço a pessoas que nada tem a ver com as suas crenças particulares e o seu modo de vida. Quão bom seria se as pessoas respeitassem o espaço dos outros, as decisões particulares de cada individuo, seus relacionamentos, seus amores... Mas infelizmente alguns esquecem que todos somos igualmente participantes da mesma queda. 

Em minha teologia humana, inclusiva, e de certo modo tolerante, pois tolerância nunca existe em seu sentido completo, pois todos nós possuímos certa intolerância a intolerância com que alguns tratam a outros. Busco igualar as pessoas, não importando as inúmeras diferenças que compõe a complexidade do ser humano, pois conforme falei acima, todos somos igualmente participantes da mesma queda e somos achados pela mesma graça!

Não poucas vezes entrei em certos debates, que em seu fim último mostraram-se ineficazes e que de fato não levou a lugar nenhum. Nos últimos dois anos, o meu número de amigos foi reduzido drasticamente, única e exclusivamente pelas coisas que externalizei.

A grande verdade é que todo mundo sabe, que o discurso que produz ódio ao invés de amor, que desune e separa os seres humanos em classes antagônicas, negros x brancos, homens x mulheres, gays x heteros, ateus x religiosos deve ser combatido, deve ser rechaçado da mentalidade de nossas crianças. Ao invés de reproduzirmos os nossos preconceitos, a nossa intolerância, a nossa intransigência as gerações futuras, deveríamos ensiná-las a amar as diferenças, a respeitar o estranho aos nossos olhos, e a compartilhar da mesma graça que é pertencer à espécie humana, que não se define na singularidade da sexualidade, do tom da pele, ou das crenças religiosas, mas mostra na diversidade a sua maior herança para o universo.

Reflexão e Vida,
Fernando Saraiva  

27 maio, 2013


“PARA QUE SERVE OS CONCEITOS”



Algumas vezes julgamos um livro por sua capa, e nos surpreendemos com o resultado da leitura, quer positiva quer negativamente. No entanto tal resultado deve-se a postura superficial com a qual julgamos as coisas, os fatos as pessoas.

Geramos mesmo que inconscientemente certos valores sobre as pessoas, isso pode se processar devido a questões raciais, sexuais, religiosas e afins. Não vou negar que estamos sujeitos a ela, mas que não devemos nos deixar influenciar por elas, e cairmos no erro de pré julgar a outros por meio de nossos pré conceitos distorcidos que criamos e alimentamos com a nossa superficialidade.

Temos a “mania” de absolutizar determinados conceitos tais como: “Todo roqueiro é drogado. Todo gay é promiscuo. Todo negro é bandido. Todo pastor é ladrão. Todo ateu é intolerante.”, sem nos darmos conta que “Todo idiota pensa assim!” ao deixar-se guiar pelo superficial, pelo estereótipo que não representa a totalidade da realidade dos fatos e nem das pessoas.  

Quem já assistiu ao filme Os Goonies”, deve-se lembrar do personagem Lotney  Fratelli, mas conhecido como 'Sloth', um individuo com aspecto tenebroso, mas com um coração cheio de afeto, carinho e bondade. Não poucas vezes julgamos as pessoas dessa forma, o externo ao invés do interno, e nem nos damos conta dos sentimentos, do caráter e do valor que esta pessoa tem.

Às vezes ainda me surpreendo com o discurso de ódio que acabo ouvindo todos os dias, um ódio gratuito, disseminando e dissimulado em um discurso de amor e liberdade que muitos desconhecem os significados.

Particularmente acredito que não existam, raças, vocações sexuais, opções religiosas, que sejam maiores que o sentido e privilegio de dividirmos a mesma a mesma natureza, à humanidade, independente de que época ou região geográfica nascemos, sempre seremos os mesmos!

Reflexão e Vida! 
Fernando Saraiva


26 maio, 2013

“PROTÓTIPO DE EVANGELHO”

É engraçado como as pessoas são cruéis mesmo sem se darem conta de sua crueldade. Falo por experiência de quem já viveu certas e embaraçosas situações com esse protótipo de evangelho mal acabado e concebido erradamente pelos legalistas.
Esse vai ser de certo modo um texto desabafo... Não que eu seja a pessoa mais importante do mundo, mas nos últimos dias (anos) venho acumulando uma quantidade incontável de tristes fatos oriundos de um cristianismo doentio que alguns vêm verbalizando e mostrando como a verdadeira face do cristianismo.
Hoje ao dirigir-me a determinado lugar, encontrei uma antigo “conhecido” dos tempos da igreja/templo, que logo me saldara não mais com a “paz do senhor” (cumprimento legalista dirigido de crente a crente e não mais que isso), mas sim com: Como vai ex- arcanjo! Fingi que não ouvira a provocação ou pelo menos “creio eu” descuido ou indelicadeza do mesmo, deixei passar essa  alfinetada básica, mas como todo “crente convertido e ungido” adora fazer, este veio inquiri sobre a minha vida, “ vida eclesiástica” diga-se de passagem com as clássicas perguntas: Como estas? Em que igreja você está congregando?
No entanto essa aparente preocupação com a minha “salvação” na verdade era apenas um modo que muitos encontram para buscar informações que possam dar a deixa que estes precisam para se vangloriar de quanto tementes a deus eles são, e de quanto “desviado” e “perdido”  eu me encontro.   
Sinceramente não consigo até hoje entender esse farisaico cristianismo que precisa diminuir, acusar e imputar culpa as outras pessoas como forma de auto exaltar-se. Como e infelizmente já estou acostumado com essas farpas soltas, já não mais me iro e nem sinto raiva dessas pessoas, pois o que posso sentir é simplesmente pena delas e desse protótipo de evangelho que inclui para excluir.
Infelizmente esse é um expediente muito usado pelos “crentes convertidos e ungidos” filhos da religião e do legalismo, que em sua grande maioria, nunca nasceram de novo e não reconhecem a graça de deus nem mesmo se tropeçassem nela. Apenas lamento que este tipo de cristão ache e fielmente acredita ser herdeiro do evangelho de Jesus.
Reflexão e Vida.
Fernando Saraiva    

25 maio, 2013

“AO DEUS DESCONHECIDO”


Ser divino que não consigo chamar de deus, dirijo-te essas palavras sem saber se as terás ouvido,  ou se estarás ai, aonde os homens de fé falam que estas.

De fato não sei se esta singela e sincera “oração” serás ouvida por ti, mas mesmo assim diante desta incerteza me dirijo a vós!

Não consigo compreender seus desígnios, teu conceito de amor e tua inigualável justiça, que diante de meus olhos parecem tão contraditórias como eu de fato sou.

Questiono-me e questiono-o, como pode um deus amoroso, permitir tanta desgraça, sofrimento e dor? As suas testemunhas dizem que a culpa é do ser humano, com sua sede de ganância e ódio desmedido, mas se vós tendes todo o poder, poderias ENTÃO sarar as feridas do mundo, mas prefere se omitir de sua responsabilidade!

Como posso louvar um deus que usa de todos os meios para ser louvado mesmo que para isso seja preciso nos ameaçar e nos torturar com os horrores do inferno em plena vida! Por que em meio às tragédias devo agradecer a ti por algum milagre se nada fizeste  para impedir a tragédia? Como posso dizer que foste as tuas mãos que me ampararam, quando vejo o meu vizinho padecer de fome, sede e de peste? Como posso entender que tenho “livre arbítrio” para fazer o mal, mas que supostamente é interrompido todas às vezes que você deseja dar-me um livramento ou mostrar-me uma prova de seu “amor” ou de seu “poder”?

Vejo tantas injustiças no mundo e onde estão os teus gloriosos planos para nós... Onde estás a justiça divina? Ser divino, por que nos esmagas com uma infinidade de regras que são tão absurdas, confusas, impraticáveis e inalcançáveis em sua plenitude ao ser humano, marginalizado  e chamando de pecador irreconciliável?

Tu deus, que exige mil louvores o tempo todo, como podes permitir que sejamos confundidos e enganados por tantas religiões diferentes, que exigem de igual modo louvores aos seus inúmeros deuses, se tu mesmo queres ser o único louvado para sempre?

Ser divino, não tenho raiva, nem ódio, nem rancor...Apenas queria entender teu conceito de amor e a tua inigualável justiça... Que privilegia alguns em detrimento da grande maioria.

Reflexão e Vida

Fernando Saraiva

21 maio, 2013


“MAS, SE NÃO TIVER AMOR?”




“Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta FÉ, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, MAS, se não tivesse amor, eu não seria nada.” (I Coríntios 13.2 NTLH)

Pensando bem no significado do amor, o qual tão bem “conhecemos” pelo menos teoricamente, e analisando o amor que muitos propagam utilizando-se  das prerrogativas do evangelho anunciado por  Jesus, pude notar certo distanciamento por parte de alguns em relação a prática deste amor.

O primeiro amor ao qual me refiro é o amor ao mundo, as pessoas do mundo, independente de suas escolhas, de suas opções, de suas imperfeições, de seus erros, de sua cor, etnia ou forma de vê a Deus. O segundo amor se refere a um amor inquisitivo, que não aceita o diferente, o exótico, o “esquisito” um amor que exige, que pune e que quer igualar as pessoas em um único perfil legalista.  Pergunto, qual desse amor a “igreja” mais propaga?

Acho interessante a utilização por alguns de certas mordomias que o evangelho trás para agredir, ofender, diminuir e excluir certas alas da humanidade, usa-se, e usa-se muito da expressão “Deus é amor, mas também é justiça!”. Como se por acaso conhecêssemos tão bem o significado do “amor e da justiça divina”! Que em muitos casos detém a aquilo que entendemos que eles sejam.  

O grande problema das religiões formais, é que estas impregnadas de dogmas, invariavelmente acusam-nos de ter pecado, tiram as nossas “almas”, para depois salvá-las de nós mesmos. Tiram nossa humanidade e preencham de uma fé demasiadamente putrefata de “orgias divinas”, que em nada representam o ser divino, mas sim, o falso moralismo de muitos lideres religiosos que vocacionam para si uma suposta autoridade celestial, mas que volta e meia são pegos em suas mentiras e crimes hediondos cometidos na calada da noite, quando os holofotes se apagam.

Vejo no discurso de muitos, o ódio tomando o lugar do amor, e o amor tomando aspecto de ódio. Conforme alertava Paulo Freire, educador brasileiro, “É preciso diminuir a distÂncia entre o que se diz e o que se faz, até que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”. Pessoalmente acredito que o amor, a divina expressão, não se faz de palavras, mas sim de atitudes, como posso dizer que amor alguém, se os meus atos dizem o contrário? Que possamos refletir o sentimento religioso que alguns têm, com a sensibilidade de existir do ser humano.

Reflexão e Vida.

Fernando Saraiva 

20 maio, 2013

“Os grileiros do reino”

Atualizado em: 17/02/2017

O título inicial desse texto era “Os representantes do evangelho”,  no entanto, tal palavra mostrava-se longe da realidade da ideia que queria expressar ao dirigir essas palavras ao papel da consciência. Grileiro, que denota aquele que age na ilegalidade, por meio de falsificações de documentos para torna-se proprietário de terras, exprime com mais fidelidade a dimensão dos pensamentos aqui transcritos, vamos a reflexão!

Particularmente ainda acredito no amor fraternal do cristianismo, naquele amor dos primeiros momentos, um amor humano, desprendido de status, de exaltações pessoais, de fome e sede pela verdade das escrituras, um amor que oferece a outra face, e o silêncio como resposta, de um cristianismo que se fortalecia entre o Coliseu e as prisões romanas!

Hoje muito embora ainda “revestido” sobre a identidade de amor fraternal, o cristianismo, o qual vemos todos os dias, ver-se perdido, sem rumo. Diante do esfacelamento de sua unidade, as escrituras, encontra-se diluído no vaso de doutrinas e de costumes perpetrado por homens, que em nome de seus cargos, títulos e de uma falsa autoridade, assenhoriam-se de Deus, da verdadeira mensagem do evangelho, apiedam-se de sua pobreza espiritual e juntam para si, paraísos materiais nesse lado da eternidade.

Infelizmente é cada vez mais comum, vermos líderes que corrompem seu povo e a mensagem das escrituras, fazendo apelos emocionais, apostando na fé das pessoas, nas suas necessidades e urgências, para juntar vultuosas somas de riquezas, baseada entre outros fatores, na ignorância e ganância desses, para galgarem prestígio na comunidade cristã e no meio político e econômico, viva o reino!

Tais lideres em seu cinismo, utilizam-se de “prerrogativas cristãs" para alcançarem vantagens pessoais, usam-se de chantagem e supostos favores divinos que este alcançariam para a sua plateia, destronando a Cristo do papel de mediador entre Deus e os homens, sendo eles mesmos, os portadores de bênçãos e maldições para aqueles que assistem as suas peçonhosas palavras.

Frases do tipo: Tenha amor pela obra de Deus, e contribua! São repetidas como mantras, como se Deus precisasse de algum templo construindo por mãos humanas para se abrigar!

Nos últimos meses acompanhei de perto intensos debates sobre quem representa quem no cenário político brasileiro, o mais triste de tudo isso, é vê que pessoas, herdeiras das promessas do profeta Jesus, o qual Paulo se referia como sendo aquele a quem os cristãos deveriam se assemelhar, ser substituído por figuras como Feliciano/Malafaia/José Wellington/R.R Soares/Macedo/ Valdomiro e tantos outros que representam somente a si mesmo e a sua ganância por poder e dinheiro.

O esquecimento de máximas cristãs de exame às escrituras sagradas, conforme pode ser observado em (Atos 17.11) em (I João 4:1-6) e tantos outros fragmentos textuais, denotam e dão a impressão, do analfabetismo bíblico de nossos irmãos, que em muitos casos são cúmplices dessa falsificação das palavras de Cristo, justamente por que buscam atender os seus próprios desejos carnais de riqueza e bem-estar, viva o reino!

Conforme aborda o escritor bíblico “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. (I Co 15:19). Aquilo que Deus oferece de graça e por graça, jamais pode ser comprado, negociado e falsificado por nenhuma intenção humana, ele sonda os nossos corações e mentes, e humilhará os soberbos e os mentirosos!

Cristo Jesus, a muito deixou verbalmente expresso que é "desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele" ( Mt 11:12 ), muito tomam para si as portas do reino, como se suas palavras fossem maiores do que as do mestre e salvador. Crer em um evangelho além da graça, é tornar-se escravo de um nova antiga lei de causa e efeito!

Crer nesses grileiros do reino, é dizer a si mesmo, que o favor imerecido de Deus dado por Jesus é insuficiente para salvar, sejamos autênticos e vigiemos e preservemos a verdadeira mensagem da cruz, mesmo ela nos acusando de pecadores, amantes dos prazeres e irreconciliáveis, pois quem faz de fato a obra é Deus!

Reflexão é Vida!

Fernando Saraiva

12 maio, 2013


"DE VOLTA AOS ESCRITOS"



Bem, já se vão quase quatro meses que não escrevia nada aqui no “Shekinah”, pouca coisa mudou de fato em minha vida nesse período, meu pensamento critico em resumo permanece o mesmo, minha visão de Deus continua a mesma dos últimos meses, minhas dúvidas, meus receios, minhas angustias, sim...Todas continuaram as mesmas. E tão por que volto a escrever novamente?

A resposta é simples, por mais que saiba o final de tudo isso. Os olhares, os conceitos, as expressões de desagrado que muitos fazem quando eu falo e escrevo sobre temas relacionados à fé, a deus (com “d” minúsculo mesmo) não mais me atingem. Não posso mais me privar de expressar-me e de aliviar e externar de certo modo o que sinto em meu coração, pelo simples fato que algumas pessoas não querem ouvir. Por que tenho que me calar, quando muitos falam, gritam e arrotam suas ideologias perto de mim?

Nesses últimos meses, encontrei algumas pessoas que me ouviram, e de certo modo tentaram entender o que sinto, sem antes me julgar por isso, senti um alivio, elas existem e como foi difícil encontra-las!

Fiz uma repaginada no blog, arquivei algumas postagens e excluí outras. Vi nessa linha do tempo de quase cinco anos de “Shekinah” o quanto eu mudei, vi que nem sempre o que escrevi era bom, vi que alguns textos, não mais representam quem eu sou hoje, não me reconheci neles, por esta razão preferi arquivar alguns e excluir outros, não como forma de negar o que eu escrevi antes, mais sim de contrapô-los, resgatarei no tempo oportuno.

O que proponho aqui, não é levantar uma legião de fãs, admiradores, desafetos ou quem quer que seja.  O que de fato me proponho é escrever o que eu sinto o que com palavras sonoras não consigo expressar! Se você caro amigo visitante, gostar ou não, eu não posso fazer nada, além de dizer: Prossiga!  

Pense e Viva,

Fernando Saraiva

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