25 maio, 2013

“AO DEUS DESCONHECIDO”


Ser divino que não consigo chamar de deus, dirijo-te essas palavras sem saber se as terás ouvido,  ou se estarás ai, aonde os homens de fé falam que estas.

De fato não sei se esta singela e sincera “oração” serás ouvida por ti, mas mesmo assim diante desta incerteza me dirijo a vós!

Não consigo compreender seus desígnios, teu conceito de amor e tua inigualável justiça, que diante de meus olhos parecem tão contraditórias como eu de fato sou.

Questiono-me e questiono-o, como pode um deus amoroso, permitir tanta desgraça, sofrimento e dor? As suas testemunhas dizem que a culpa é do ser humano, com sua sede de ganância e ódio desmedido, mas se vós tendes todo o poder, poderias ENTÃO sarar as feridas do mundo, mas prefere se omitir de sua responsabilidade!

Como posso louvar um deus que usa de todos os meios para ser louvado mesmo que para isso seja preciso nos ameaçar e nos torturar com os horrores do inferno em plena vida! Por que em meio às tragédias devo agradecer a ti por algum milagre se nada fizeste  para impedir a tragédia? Como posso dizer que foste as tuas mãos que me ampararam, quando vejo o meu vizinho padecer de fome, sede e de peste? Como posso entender que tenho “livre arbítrio” para fazer o mal, mas que supostamente é interrompido todas às vezes que você deseja dar-me um livramento ou mostrar-me uma prova de seu “amor” ou de seu “poder”?

Vejo tantas injustiças no mundo e onde estão os teus gloriosos planos para nós... Onde estás a justiça divina? Ser divino, por que nos esmagas com uma infinidade de regras que são tão absurdas, confusas, impraticáveis e inalcançáveis em sua plenitude ao ser humano, marginalizado  e chamando de pecador irreconciliável?

Tu deus, que exige mil louvores o tempo todo, como podes permitir que sejamos confundidos e enganados por tantas religiões diferentes, que exigem de igual modo louvores aos seus inúmeros deuses, se tu mesmo queres ser o único louvado para sempre?

Ser divino, não tenho raiva, nem ódio, nem rancor...Apenas queria entender teu conceito de amor e a tua inigualável justiça... Que privilegia alguns em detrimento da grande maioria.

Reflexão e Vida

Fernando Saraiva

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