“MAS, SE NÃO TIVER AMOR?”
“Poderia
ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender
todos os segredos e ter tanta FÉ, que até poderia tirar as montanhas do seu
lugar, MAS, se não tivesse amor, eu não seria nada.” (I Coríntios 13.2 NTLH)
Pensando
bem no significado do amor, o qual tão bem “conhecemos” pelo menos teoricamente, e analisando
o amor que muitos propagam utilizando-se das prerrogativas do evangelho
anunciado por Jesus, pude notar certo distanciamento por parte de alguns
em relação a prática deste amor.
O
primeiro amor ao qual me refiro é o amor ao mundo, as pessoas do mundo,
independente de suas escolhas, de suas opções, de suas imperfeições, de seus
erros, de sua cor, etnia ou forma de vê a Deus. O segundo amor se refere a um
amor inquisitivo, que não aceita o diferente, o exótico, o “esquisito” um amor
que exige, que pune e que quer igualar as pessoas em um único perfil legalista.
Pergunto, qual desse amor a “igreja” mais propaga?
Acho
interessante a utilização por alguns de certas mordomias que o evangelho trás
para agredir, ofender, diminuir e excluir certas alas da humanidade, usa-se, e
usa-se muito da expressão “Deus é amor, mas também é justiça!”. Como se por
acaso conhecêssemos tão bem o significado do “amor
e da justiça divina”! Que em
muitos casos detém a aquilo que entendemos que eles sejam.
O
grande problema das religiões formais, é que estas impregnadas de dogmas,
invariavelmente acusam-nos de ter pecado, tiram as nossas “almas”, para depois salvá-las
de nós mesmos. Tiram nossa humanidade e preencham de uma fé demasiadamente
putrefata de “orgias divinas”,
que em nada representam o ser divino, mas sim, o falso moralismo de muitos
lideres religiosos que vocacionam para si uma suposta autoridade celestial, mas
que volta e meia são pegos em suas mentiras e crimes hediondos cometidos na
calada da noite, quando os holofotes se apagam.
Vejo no
discurso de muitos, o ódio tomando o lugar do amor, e o amor tomando aspecto de
ódio. Conforme alertava Paulo
Freire, educador brasileiro, “É
preciso diminuir a distÂncia entre o que se diz e o que se faz, até que, num
dado momento, a tua fala seja a tua prática”. Pessoalmente acredito que o amor, a divina
expressão, não se faz de palavras, mas sim de atitudes, como posso dizer que
amor alguém, se os meus atos dizem o contrário? Que possamos refletir o
sentimento religioso que alguns têm, com a sensibilidade de existir do ser
humano.
Reflexão
e Vida.
Fernando
Saraiva
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