05 julho, 2013

"O FIM DA FAMÍLIA?"

O conceito de família não se detém a apenas a configuração tradicional (Pais e Mães héteros), influenciada e difundida  pela colonização cristã e a consequente disseminação de sua ideologia pelo mundo.

A estrutura familiar se processa de muitas outras formas, pais que educam filhos longe da presença da mãe por falecimento ou outra circunstância, crianças criadas pela avó, avô, tio e afins, também não configuram família? Família se resumiria a configuração de membros ou de sentimentos?

O que se quer com a PL122 é adequar conceitualmente as filiações familiares, as novas e irreversíveis mudanças nas configurações de relacionamentos e estrutura familiar moderna, que não se resume tão somente a relação cromossômica paternal.

Se o conceito de família  for somente limitado a configuração biológica do termo pai e mãe, casais que por sua vez adotassem crianças por serem estéreis e ou que mesmo tendo vários filhos optassem em adotar uma criança, não poderiam ser chamados de pais e mães, pois de fato não participaram na geração daquela vida. O pensamento que nega a adequação e ampliação do conceito familiar em nossos dias está carregado de uma ideologia cerceadora de direitos, que querem privatizar certos tipos de "domínios" que há pouco tempo eram privativo de determinadas alas da sociedade em virtude da vocação sexual.

O que estar de fato relacionado a essa tentativa de se criar a ideia que a PL122 vem justamente a abolir o conceito de família, não passa de uma falsa argumentação daqueles que querem esconder o seu preconceito frente às novas demandas de movimentos de liberdade sexual, que desejam construir sua FAMILIA como qualquer outra pessoa.

O discurso que quer coibir a ampliação do termo família na legislação brasileira é o mesmo discurso que promove o abandono de crianças em esquinas, praças, lixões e afins... Não quero aqui generalizar, no entanto vale ressaltar que a agenda de discussões política de nossa nação, atualmente estar passando pelo crivo ou ralador das “representações cristãs” no congresso!  Representações estas que estão provocando sérias e perigosas ranhuras na verdadeira mensagem deixada por um certo Galileu há alguns milênios atrás.

O que se vê na “bancada cristã” no congresso nacional é uma legislação em favor próprio, de suas congregações, de seus interesses  pessoais, da perenização de votos de uma parcela da sociedade, que em alguns casos, demonstra certa alienação frente aos abusos cometidos pela “bancada” parlamentar  que os “representam”...

Basta-nos inquirir destes se as mesmas ações empregadas hoje com cunho “cristão” fossem realizadas por “extremistas” islâmicos por exemplos teriam o mesmo apoio que se vê hoje em nosso país, que é cada vez mais cristão, e é cada vez mais distante de Cristo!


Reflexão e Amor,


Fernando Saraiva

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