"TEMPORALIDADE DO ÓDIO".
Desde que o mundo é
mundo algumas pessoas tentam impor seus credos, seus pensamentos, seu modo
particular de viver a vida, a qualquer custo e a qualquer preço a pessoas que
nada tem a ver com as suas crenças particulares e o seu modo de vida. Quão bom
seria se as pessoas respeitassem o espaço dos outros, as decisões particulares
de cada individuo, seus relacionamentos, seus amores... Mas infelizmente alguns
esquecem que todos somos igualmente participantes da mesma queda.
Em minha teologia
humana, inclusiva, e de certo modo tolerante, pois tolerância nunca existe em
seu sentido completo, pois todos nós possuímos certa intolerância a
intolerância com que alguns tratam a outros. Busco igualar as pessoas, não
importando as inúmeras diferenças que compõe a complexidade do ser humano, pois
conforme falei acima, todos somos igualmente participantes da mesma queda e
somos achados pela mesma graça!
Não poucas vezes entrei
em certos debates, que em seu fim último mostraram-se ineficazes e que de fato
não levou a lugar nenhum. Nos últimos dois anos, o meu número de amigos foi
reduzido drasticamente, única e exclusivamente pelas coisas que externalizei.
A grande verdade é que
todo mundo sabe, que o discurso que produz ódio ao invés de amor, que desune e
separa os seres humanos em classes antagônicas, negros x brancos, homens x
mulheres, gays x heteros, ateus x religiosos deve ser combatido, deve ser rechaçado
da mentalidade de nossas crianças. Ao invés de reproduzirmos os nossos
preconceitos, a nossa intolerância, a nossa intransigência as gerações futuras,
deveríamos ensiná-las a amar as diferenças, a respeitar o estranho aos nossos
olhos, e a compartilhar da mesma graça que é pertencer à espécie humana, que
não se define na singularidade da sexualidade, do tom da pele, ou das crenças
religiosas, mas mostra na diversidade a sua maior herança para o universo.
Reflexão e Vida,
Fernando Saraiva
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