24 junho, 2012


“O evangelho de um tal Jesus”


Particularmente quando falo de Jesus, não falo do cristo, cristianizado pela fé formal decrepita e alienante, falo apenas da simplicidade majestosa de Jesus... um alguém que folgava e bebia vinho com os “pecadores”, um alguém que sentava à mesa com os publicanos, que lavava os pés de seus discípulos, que abraçava os leprosos e não julgava os adúlteros e as prostitutas, quando falo desse Jesus o meu coração transborda de alegria, pois esse é o verdadeiro Cristo, um gentil humano entre os homens.

As pessoas citadas acima, são pessoas que a sociedade menospreza, marginaliza e que atualmente a “igreja” tem certa dificuldade em incluir em seu mundo. Não sei ao certo se a palavra “inclusão” caberia como forma ou espécie de “classificar”, estas pessoas, pois a final Jesus, o Cristo...Não pertence ao cristianismo, a igreja católica, evangélica, protestante, messiânica, anglicana, ortodoxa, e afins...a lista é  demasiadamente grande de “posseiros do reino”, mais não se engane, todos são meramente impostores!!!!

Tenho visto temerosamente...o avanço de uma verdadeira alcateia de lobos sanguinários “lideres de mulas”, que em seu labor diário, desvirtuam a fé, falseiam a palavra, e de certa forma obscuras o verdadeiro Cristo.

Pela janela da alma pude contemplar a simplicidade de um tal Jesus, que adentrara a cidade de Jerusalém triunfantemente em cima de um jumentinho, que andava entre as multidões como um igual e nada mais,  um verdadeiro REI, que não possuía um lugar seu para reclinar a cabeça.

Pela mesma janela da alma, posso contemplar a hipnótica miopia de seus seguidores  ajoelhados aos pés de “apóstolos corruptos” de mensageiros do nada,   que pulam de corrente em corrente aprisionando-se  a grilhões  de quebras de maldiçoes, de bênçãos financeiras, por  uma “Hipa-Tética”  santidade,  mas que não possuem coragem em suficiente  de abandonar o conforto dos bancos dos templos e de fato ir as ruas, não com microfones e uma “falsa modéstia salvação” mais e em estender as mãos pelo simples fato de ajudar aquele que se encontra na sarjeta, ansiando em se sentir visto e aceito. 

Sou extremamente favorável que o verdadeiro evangelho saia da igreja... e que conquiste as ruas [Vibro de Alegria]...ai sim, acreditarei que a igreja institucional, realmente está falando do verdadeiro Jesus, o Cristo.

Paz e Vida.                                                             
                   Fernando Saraiva

22 junho, 2012


No caminho, a loucura, o homem e a fé!

Quando falo da minha pouca fé no cristianismo, algumas pessoas torcem os lábios... e se questionam sobre a minha fé em Deus...Quando digo que estudo teologia...Eles respondem __Está explicado o porquê! Algumas pessoas até já falaram que possuo uma fé racional, como se o fato de crê, fosse racionalmente irracional, ou seja, uma demência do psíquico orquestrada pelo divino.

Na loucura assim como na fé...um mero ingrediente a mais ou a menos faz toda diferença.  A razão de crer e depositar a sua fé...a sua esperança em alguém que você não vê, é até certo ponto semelhante com a loucura, pois esta embora pareça real...sua matéria prima é a irrealidade dos fatos. Sempre digo que ainda tenho esperança, ainda me resta à fé, e ainda me sobram perguntas!!!  

O desequilíbrio, a não materialização do nosso objeto de fé com vistas para o homem, a dissociação da fé teórica com a prática, desapropria a sensatez e a beleza do divino em nós seres humanos. Em minha visão limitada e periférica das “coisas do reino” do “por que” dos mistérios insondáveis de Deus, da sua mudança de personalidade do antigo para o novo testamento, muito embora sejam apenas um, o testamento do Deus Triuno revivido em nossos corações, destinados aos Homens igualmente distanciados de Deus, apesar que, alguns se achem profundos conhecedores dele e não o são de verdade, causa-me um profundo desconforto.  

Enquanto que em algumas “civilizações” dá-se mais valor ao ouro,  o que realmente importa perece, o aspecto humano da humanidade, que a muito deixamos de lado. Do mesmo modo como esta máxima, a religião segue da mesma forma, e aqui falo todas elas, que só de fato fazem sentido quando o objeto de fé (Deus) e o instrumento dessa fé (homem) estão em perfeita harmonia, senão será apenas um amontoado de regras e rituais místicos vazios de representação.   

Uma fé, que não cumpre a sua missão de aproximar os homens de si mesmo e à Deus, estará invariavelmente fadada a se tornar uma religião e nada mais!!!


Paz e Vida!  

Fernando Saraiva



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