UM MURO
"APENAS UM MURO"
"APENAS UM MURO"
Não sei por quantas vezes, já procurei abrigo e proteção nesta vida. E em muitos momentos me encontrava escondido por entre as paredes úmidas e frias de um grande e imponente muro, não um muro qualquer, mas sim, o que com minhas mãos ergui ao meu redor. Um muro, de sentimentos, lembranças, dores, lágrimas e por que não, um pouco de meu coração. Entender o que somos hoje é muito mais do que afirmamos que fomos e somos influenciados pela sociedade que nos cerca, mas sim admitirmos que nós também a influenciamos.
Já se foram vinte e tantos anos, e eu continuo aqui. Estatizado, sim... Estatizado. Por um lado imaginamos saber onde queremos ir, temos a real certeza do que faremos e fazemos. No entanto somos tão indecisos hoje, como quando éramos crianças, com apenas uma pequena grande diferença. Hoje as conseqüências de nossos erros podem ser catastróficas e irreversíveis.
Quando na catequese, pude ser apresentado a inúmeras reflexões a respeito das nossas atitudes e de como podemos ser maus e cruéis uns com os outros, e sem nos sentirmos culpados por isso. Percebi o quão egoístas e individualistas somos.
Profundas e duradouras cicatrizes deixamos enraizadas em corações feridos e angustiados por nossas palavras e ações, e mesmo assim nos consideramos pessoas boas, amáveis e justas. Muitas vezes buscamos o amor, mas não nos deixamos amar . Buscamos o perdão, mas não nos propulsemos a perdoar.
O grupo de hip hop cristão, sintetiza um pouco isso na música "Mil desculpas"...
Profundas e duradouras cicatrizes deixamos enraizadas em corações feridos e angustiados por nossas palavras e ações, e mesmo assim nos consideramos pessoas boas, amáveis e justas. Muitas vezes buscamos o amor, mas não nos deixamos amar . Buscamos o perdão, mas não nos propulsemos a perdoar.
O grupo de hip hop cristão, sintetiza um pouco isso na música "Mil desculpas"...
“Eu sei que pedir mil desculpas não adianta. Mesmo as mil desculpas sendo verdadeira e franca, minha humilhação não devolve a esperança, o orgulho que te arranquei e que agora sangra. E molha o seu rosto com melancolia, e escorre como choro de amor e agonia. Quanto vale essa tormenta trágica. Me fale por favor o preço de uma lágrima!”
Não são poucas as vezes que tentamos barganhar ou até mesmo manipular os sentimentos dos outros a nosso bel prazer, com o intuito de obtermos vantagens futuras, “liberamos” o perdão, com a finalidade de legitimar um provável desvio de conduta nosso no futuro. Isso é amar? Isso é perdoar? Isso é se doar?
Vejo casais se abraçando e se beijando nas praças e esquinas da cidade, sem ao menos se darem conta que ao seu redor se ergue um sinuosos muro. Um muro preenchido pela desconfiança, pela dúvida, pelo sentimento de vingança. __Será que ele me trai? Já que ele me trai eu vou trair também, não sou besta!. Acabamos por ferir o outro, pensado que estamos nos protegendo, sem sabermos que estamos dentro do coração daquele a quem ferimos tanto.
Poderia expor infindáveis teorias a respeito do amor mutuo e verdadeiro, no entanto, teorizar algo tão intangível e ao mesmo tempo tão palpável, é impossível!
Recordo-me dos inúmeros momentos dos quais vivi, “ aprisionado” dentro de preceitos que até aquele momento eu julgava serem corretos, mas que me devoravam por dentro, como uma feroz e insaciável besta que consumia até o último ceitil de minha existência.
Achar-se livre não necessariamente quer dizer que você esteja livre de verdade! Livre de normas, de desejos, de aflições, de dores e de doenças incuráveis. Eu professo a Fé Cristã, sem substituto, sem alegorias, sem intermediários humanos ou fictícios, mesmo assim ainda sinto um vazio em meu coração. Isso se deve ao fato de mesmo na dor extrema, nós seres humanos não conseguimos liberar toda a essência do nosso ser, e não nos mostrarmos como verdadeiramente somos.
Quando realmente aprendermos o real sentido da expressão: amor indivisível, reconheceremos o quanto nossa vida tem significado, e deixaremos de nos esconder atrás de muros, sentimentos, alegorias e infindáveis mascaras! Sejamos pois, a expressão do que somos.
Paz e Vida!
Fernando Saraiva
"Um Muro. Apenas um Muro." Muro esse que nos aprisiona e barra o alcance de nossa visão. John Stevens disse que os muros que nos protegem contra flechas e lanças barram também rosas e beijos.
ResponderExcluirAssim também ocorre, quando os muros de nossos conceitos e religiosidade,aparência e máscaras suplantam a verdadeira essência em nossas vidas: Cristo.
Muito bom mesmo o texto. Parabéns! Que você continue se superando no que faz tão bem, e que isso seja unicamente para a glória de Deus.
Paz Fê. Um grande abraço!
Olá Gerlane,
ResponderExcluirObrigado por mais esta visitinha no blog, teus comentarios são bem edificantes.
Shalom