O
conceito de família não se detém a apenas a configuração tradicional (Pais e
Mães héteros), influenciada e difundida pela colonização cristã e a
consequente disseminação de sua ideologia pelo mundo.
A
estrutura familiar se processa de muitas outras formas, pais que educam filhos
longe da presença da mãe por falecimento ou outra circunstância, crianças
criadas pela avó, avô, tio e afins, também não configuram família? Família se
resumiria a configuração de membros ou de sentimentos?
O que
se quer com a PL122 é adequar conceitualmente as filiações
familiares, as novas e irreversíveis mudanças nas configurações de
relacionamentos e estrutura familiar moderna, que não se resume tão somente a
relação cromossômica paternal.
Se o
conceito de família for somente limitado a configuração biológica do
termo pai e mãe, casais que por sua vez adotassem crianças por serem estéreis e
ou que mesmo tendo vários filhos optassem em adotar uma criança, não poderiam
ser chamados de pais e mães, pois de fato não participaram na geração daquela
vida. O pensamento que nega a adequação e ampliação do conceito
familiar em nossos dias está carregado de uma ideologia cerceadora de
direitos, que querem privatizar certos tipos de "domínios" que
há pouco tempo eram privativo de determinadas alas da sociedade em virtude da
vocação sexual.
O que
estar de fato relacionado a essa tentativa de se criar a ideia que a PL122 vem justamente a abolir o conceito de
família, não passa de uma falsa argumentação daqueles que querem esconder o seu
preconceito frente às novas demandas de movimentos de liberdade sexual, que
desejam construir sua FAMILIA como qualquer outra pessoa.
O
discurso que quer coibir a ampliação do termo família na legislação brasileira
é o mesmo discurso que promove o abandono de crianças em esquinas, praças,
lixões e afins... Não quero aqui generalizar, no entanto vale ressaltar que a
agenda de discussões política de nossa nação, atualmente estar passando pelo
crivo ou ralador das “representações cristãs” no congresso!
Representações estas que estão provocando sérias e perigosas ranhuras na
verdadeira mensagem deixada por um certo Galileu há alguns milênios atrás.
O que
se vê na “bancada cristã” no congresso nacional é uma legislação
em favor próprio, de suas congregações, de seus interesses pessoais, da
perenização de votos de uma parcela da sociedade, que em alguns casos,
demonstra certa alienação frente aos abusos cometidos pela “bancada” parlamentar que os “representam”...
Basta-nos
inquirir destes se as mesmas ações empregadas hoje com cunho “cristão” fossem
realizadas por “extremistas” islâmicos por exemplos teriam o mesmo apoio que se
vê hoje em nosso país, que é cada vez mais cristão, e é cada vez mais distante
de Cristo!
Reflexão e Amor,
Fernando
Saraiva