Em muitos casos a razão não nos deixa raciocinar, não nos deixa enxergar o óbvio, o evidente, o lógico. Hoje entendo bem, por que a maioria dos grandes intelectuais acha e muitas vezes afirmam categoricamente a não existência de Deus. Afirmam que fomos apenas um “acidente biológico”, um mero somatório de ações aleatórias que nos levaram a existir.
Eu entendo e respeito à visão desses homens e mulheres, pois compreendo que Deus de fato existe, mas existem somente para aqueles que acreditam em sua existência, respeito muito a Bíblia em sua totalidade, mas creio que nem toda a verdade esteja contida nela, e nem todas as respostas para as nossas inquietudes se encontram detalhadas e reveladas em suas páginas, muito embora creia que o que está escrito é suficiente para alcançarmos a vida eterna, suas páginas nos dão margem e horizonte, para que possamos desvendarmos alguns mistérios.
Nos laboratórios, nos centros acadêmicos, debate-se muito a respeito da origem da vida humana, quando começa a vida? Seria no momento da fusão do espermatozoide com o óvulo? Ou seria dias depois, quando a célula já realizou inúmeras divisões celulares? Ou seria no ato da criação divina? De seus decretos eternos?
Quando era criança, fui apresentando a algumas teorias a respeito da origem da vida em nosso humilde planeta, teoria criacionista, evolucionista, extra terrestre entre várias. É do homem querer saber a sua origem, o que de fato somos, por que existimos, para onde iremos. Fico me perguntando... Estaríamos buscando as repostas no lugar correto? Seria a ciência o único caminho para descobrirmos a razão de sermos e de existirmos? Ou estaria localizada em alguns dos inúmeros “manuais religiosos” a resposta para essas inquietações? Não sei! Só questiono!
Certa vez divagando em minhas inquietações, que brotam a cada dia, dia após dia, perguntas que martelam em minha cabeça e não me deixam descansar nunca, me indaguei, me martirizei __ Se tudo aquilo que eu creio hoje, não passasse de uma grande e sádica ilusão, interiorizada na necessidade de descobrir o meu propósito nessa existência, e se eu descobrisse que tudo aquilo que temia, rejeitava, menosprezava, fosse a resposta, fosse a “solução” para as minhas aflições? Se no final da vida, momento em que não se tem mais tempo para mais nada, descobrisse que nada do que vivi fez e fazia sentido?!
O maior medo daqueles que se dizem céticos a respeito da existência de Deus, é descobrir que ele realmente existe, e como pai afetuoso sempre se manteve por perto efetuando a reconciliação. O maior medo daqueles que se dizem religiosos e que acreditam em Deus, é descobrir que ficaram reprovados naquilo que pregavam e que Deus sempre rejeitava as suas ofertas alçadas, pois não eram de todo o coração.
Nos filmes apocalípticos de Hollywood, ver-se uma grande comoção nos principais centros religiosos do mundo, milhões de fies apegados como nunca a sua fé, as suas orações, o medo e o pavor em suas faces. Aqueles que são “realistas” e possuem o espírito de sobrevivência buscam um meio de manter-se vivos. É um fato todos querem ir para o “céu”, mas ninguém que morrer.
A morte, essa palavra tão temida por muitos, é o último grande teste dado por Deus, pois após ela, conheceremos assim como somos conhecidos. Teremos a certeza daquilo que de fato criamos. Fora dela, tudo, digo tudo é meramente especulação.
Paz e Vida!
Fernando Saraiva