"GUERRA SEM GLÓRIA"
As guerras não são nada poéticas como alguns filmes narram, elas ao contrário do que alguns acham, não despertam o amor, a paixão, os sentimentos de ternura e compaixão. As guerras, não são um produto da mídia, do imaginário de pessoas lúcidas e racionais. Elas são de fato o distanciamento da humanidade, de tudo aquilo que faz com que sejamos diferentes dos animais.
Em uma guerra não há rosas, somente espinhos e cravos pontiagudos, que rasgam e destrói o corpo e alma de suas vitimas, que por sinal são todos, os vencidos e os vencedores, cada um terá a sua perda.
A arma, tornasse a companheira inseparável do soldado, ela faz com que este fique sempre alerta, até mesmo nos raros momentos de tranqüilidade, sempre lembrando-o da sua “missão”, do seu objetivo. Aparece o “alvo”, e o som estridente da metralhadora rasga os céus, não se sabem quem, não se sabe nada sobre a historia daquela outra pessoa que recebera os cravos de aço e metal encravados em seu peito, os amores perdidos, os abraços carinhosos de seus parentes e entes queridos , sabe-se no entanto, que o único pecado dele era vestir o uniforme inimigo, e é o meu objetivo era detê-lo, não importa como, e nem porque, só importa que recebi ordens para isso.
Paul Valéy certa vez disse o seguinte "A guerra é um massacre de homens que não se conhecem em benefício de outros que se conhecem mas não se massacram." Em geral elas são motivadas por motivos mesquinhos e egoístas, o que falar da Guerra de Troia, quantos tiveram que morrer, para que os desejos obsessivos de uma pessoa fossem saciados? Muitos vêem apenas a história romântica e proibida dos príncipes, mas quantos outros casais não tiveram suas lindas histórias destruídas, massacradas, finalizadas? Será que o preço de sangue misturado com as lágrimas compensou todo este sofrimento?
Realmente as guerras não são poéticas, não são românticas, não são histórias que se contam para criancinhas para dormir. Guerras são reais, dolorosas, e que deixam sequelas para toda uma vida. Muitos soldados preferiam ter morrido nos campos de batalha, do que viver com o peso de sua consciência.
Fecho os olhos, e vejo as cenas de horror. Corpos dilacerados, queimados, torturados. As cenas de uma guerra não são românticas, mas são reais.
Uma medalha, será que isso representa o valor de uma vida? As rosas, sim elas não mais representam o amor, e sim a dor. A dor daqueles que não voltaram, a dor daqueles que continuam vivos, a dor daqueles que esperam em vão o retorno do seu filho, do seu amado.
Finalizo esta reflexão com um pensamento de Albert Einstein, "Nossos livros de escola glorificam a guerra e escondem seus horrores. Eles incutem ódio nas veias das crianças. Eu preferiria ensinar paz do que guerra. Eu preferiria incutir amor do que ódio." Que deixemos a bestialidade e voltemos a humanidade.
Paz e Vida
Fernando Saraiva
Oi Fernando!
ResponderExcluirNa minha opinião este é um dos textos mais bem escritos, detalhados e tocantes que você já escreveu. Parabéns!
Ao observar tudo o que você disse, me vem à mente que infelizmente a guerra, seja ela qual for, é algo que não está distante de nós, é extremamente real, aqui e agora.
E enquanto reinos e governos digladiam-se entre si com palavras, são os soldados e o povo que arcam com as consequências: padecemos de fome, falta de educação, remédios, morremos vítimas do descaso em hospitais, por causa da indiferença e mau juízo que fazem da palavra de Deus nas igrejas e muitíssimas outras coisas, que só em lembrar trazem imenso pesar.
Paz!
Graça e Paz
ResponderExcluirGerlane,
Seus comentários são sempre importantes, realmente as guerras não resolvem muita coisa, elas por sinal atrasam o desenvolvimento de qualquer nação, além de ceifar inúmeras vidas inocentes. Em geral o “grande motivo” delas, são posturas egoístas de seres mais egoístas , que usam de seu “poder”, para que em nome de uma ideologia ou sentimento, empreitarem guerras sem propósito algum.
Levando a uma sangria tórrida. Que no final mostra-se que não valeu de nada.
Fica na Paz!!!