O
cristianismo moderno nos conduz ao erro, ao erro de crermos em um
deus fictício, um deus que sempre está disposto a encher-nos de
bênçãos financeiras, e que sempre fica nos “espiando” com sua
lupa celestial anotando no seu “livrinho de bons e maus meninos”
os nossos pecados e temores mais secretos, para que depois possa nos
lançar no fogo do inferno sem nenhuma culpa ou remorso. Creio no
Jesus Bíblico, mas não creio no Jesus cristianizado, creio no Jesus
que se senta com os pecadores e que leva a sua mensagem não em
tábuas ou manuscritos antigos, mas acima de tudo, em sua própria
vida, em sua personalidade, em seu coração.
Não
posso crê em um conjunto de crenças que se sustenta na impiedade e
nos pecados alheios, com a única finalidade de exaltar a sua
"pseudo-santificação". Não posso crê em um deus
masoquista, que tem dois caminhos para os seus "filhos", ou
você vem a ele pelo amor ou então ele te põe um câncer, destrói
o seu casamento, arruína a tua vida financeira e entre outras mil
atrocidades, somente para estender as suas mãos "misericordiosas"
para mostrar a salvação e o descanso em seus braços.
Vejo
os cristãos indo em direção as suas igrejas aos domingos a tarde
carregando suas bíblias em diversas cores e formatos [Já fiz isso
muitas vezes], vejo-os em "marchas para cristo” carregando
cartazes e falado palavras de ordem como: Venha pra Jesus; Ele é o
único caminho; Salvação só em Cristo; O salário do pecado é a
morte; Eu vou pro céu e você? No entanto, não os vejo, nas ruas
engajados em ações sociais de combate as drogas, à violência
contra as mulheres; os abusos contra a infância! Vejo-os na
televisão se posicionando ferozmente contra a união homoafetiva e
contra os direitos dos gays, vejo-os se manifestando de forma
"brutal"contra tudo aquilo que vai de encontro a "filosofia
cristã", mas infelizmente nãos os vejo levantando bandeiras
contra a corrupção,contra o desvios de dinheiro,contra o abandono
público, ao descaso com a saúde, educação, e não sei quantas
outras mil coisas. Sinceramente se fosse basear minha fé em Jesus,
pelo que o cristianismo me mostra dEle, não sei se de fato creria em
sua mensagem, em sua cruz, em sua "filosofia", pois basta
da uma pequena "olhada" para os seus seguidores, e encontro
mil e um motivos para não crê em Jesus, visto o tamanho
distanciamento da prática e teoria.
Sinceramente,
não vejo utilidade na simples entrega de folhetos com dizeres
bíblicos, feito nas tardes de domingo por certas instituições
religiosas. Sou a favor de uma conversa franca e descomplicada, e sem
proselitismo. Infelizmente não consigo conversar com um cristão
menos que dois minutos, antes de ouvir a clássica pergunta: De que
igreja você é? Como se a resposta a essa pergunta fosse dizer quem
eu sou! Vejo que alguns "amigos cristãos" deixaram
de falar comigo, após minha ruptura com a bolha cristã e a sua
subcultura eclesiástica limitante. Será que é esse o cristianismo
de Jesus? O cristianismo do Apartheid, da segregação religiosa, da
falta de tolerância para aqueles de diferentes fés? Se for, eu não
tenho nada a ver com esse Jesus!
“Jesus
respondeu:"Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem
beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário,
a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar
para a vida eterna". João 4:13-14
Que
possamos beber diretamente da fonte, e não das cisternas rachadas!
Paz
e Vida
Fernando
Saraiva
Fernando,
ResponderExcluiré difícil olharmos para os cristãos de hoje e constatarmos o rumo tão incerto e tão diferente do caminho ensinado por Cristo. É igualmente triste perceber o "divino preconceito" que muitos insistem em levar adiante.
Há anos atrás era contra os judeus,estes eram a escória, o bode expiatório,e tudo o que ocorria era culpa deles. Depois, vieram os negros,e hoje? Hoje são os homossexuais, as prostitutas, o drogado, e toda sorte de pessoas que professam uma fé diferente, uma realidade diferente.
A igreja não tem sabido lidar com estas pessoas. Infelizmente, vemos uma guerra, e balas perdidas passam raspando por nossas cabeças todos os dias. O que falta acontecer é percebermos que diante do Reino, nossos valores são reduzidos a nada.
Ao olharmos para os seus valores,percebemos que nossas conquistas, bens e o que atribuímos a nós mesmos não nos tornam melhores do que estes que pensamos ter o direito de excluir.
Precisamos lembrar que o reino é uma mesa de ouro, e todos nós mendigos. E o único requisito que nos permite sentarmos a esta mesa é a graça de Deus, nada mais!
Apesar de todo erro que podemos encontrar,tenhamos nossos olhos fixos em Cristo, o Autor e Consumador da nossa fé!E prossigamos em terminar a carreira que nos está proposta.
Olhando seus últimos textos percebo que há um gancho para este, uma conformidade entre eles,e acabei resumindo um pouco do que iria comentar em cada um deles, aqui.
Que o Senhor continue te dando sabedoria e graça em tudo o que fizer! Abração. Fica na paz!
Olá Gerlane,
ResponderExcluirInfelizmente somos lembrados pelas coisas contra quais lutamos, e não pelas coisas que amamos. O discurso de Jesus, é tão claro, tão simples, tão cumprível, mas tão mal expresso por nós cristãos.
Conseguimos afugentar o amor em nossas vidas, deixamos de emana a Graça de Deus, e nos fechamos em um fundamentalismo religioso, amamos sim, amamos, contestar, endemonizar, e rebaixar tudo aquilo que não se enquadra no “perfil cristão de ser”.
Obrigado pela sua contribuição minha distante mas sempre presente amiga