Quando
aceitamos a imposição de um evangelho pobre e desgraçado como esse
da teologia da prosperidade, nos viramos de costas para a verdadeira
mensagem da cruz, uma mensagem de resignação, de entrega, de doação
de si mesmo, e não da doação para si mesmo.
Somos
tão cúmplices e culpados como esses “vendilhões da fé”, que
trocaram a glória futura de assentar-se com Cristo na eternidade,
por um punhado de “ouro” posto em saco furado. Cúmplices à
medida que nos ocultamos em nosso anonimato, para não nos
posicionarmos totalmente contrários a essa espoliação e pilhagem
da Cruz de Cristo.__Não sou teólogo, pastor, missionário, sou
“apenas” membro. Como se o membro não fizesse parte do corpo. E
infelizmente de um corpo cancerígeno, e fadado a ruína.
A
morte de Deus, não foi decretada pelos ateus, nem seu conceito
diminuído pelos agnósticos, ou muito menos sua existência
depreciada pelos filósofos, mas sim por aqueles, que com um sutil
vocabulário, o reduziram a um deus qualquer, um deus tão miserável
e egocêntrico, que precisa tanto e urgentemente, de rios de dinheiro
todos os dias, para saciar a sua insaciável fome, levando os seus
filhos a uma falência, espiritual, moral e financeira.
Minha
indignação não é contra “a”, “b” ou “c”,
sinceramente, não! Mas sim em relação àqueles que alimentam esse
“deus”. Esse deus diabólico, que não só consome a carne, mas,
enfraquece o espírito. Não somente lança-nos mais fundo na
escuridão do inferno, como ofusca a claridade do paraíso.
Não
acredito nesse deus, não acredito em sua autoridade, não acredito
em sua existência, nesse ponto é inevitável, eu sou ateu.
Paz
e Vida
Fernando
Saraiva