19 março, 2012

Porta dos Desesperados: Uma igreja na UTI

Nunca, jamais, e em tempo algum, na história do cristianismo, o fato de ser cristão esteve tão em moda, como nos nossos dias. Há uma infinidade de placas denominacionais, com uma variedade ainda maior de “doutrinas e costumes”, uns até bem “esquisitos” e outros totalmente espúrios e malignos.

Hoje a fé cristã, saiu do armário, das noites perdidas em orações e ações de graça, da comunhão e do partir do pão, para alcançar a mídia, abraçar e ser dominada pelo mundo, vendendo a sua virtude em um coito demente e putrefato.

A “fé institucionalizada” flertou, assediou e se enamorou com o poder, como o grande peso do dinheiro, com os bastidores políticos, com o egoísmo e a ganância dos homens de “paletó”, do agir miraculoso de Deus nas finanças, na aquisição de mais um carro novo importado, na prosperidade sem propósito, que tem como o único objetivo, alimentar o superego do ser humano e o levar ao consumismo intempestivo.

Parece que estamos trilhando um caminho sem volta, no qual os objetos e lugares “santos”, já não representam mais a grandeza e a glória de Deus, mas, apenas um mero ambiente místico no qual você se dedica minutos em orações e clamores deterministas e insanos, atrás de vitórias e conquistas pessoais, que em nada acrescentarão na exposição prática da fé cristã e de sua máxima, “amai uns aos outros como, eu vos amei a vós” João 13.35.

Certa vez uma amiga cristã me dissera: ___Você só expõe coisas negativas sobre a igreja, será que elas não possuem nada de bom para nós? Creio nos pontos positivos e relevantes dela, mas infelizmente não posso fechar os olhos para o que vejo, isso seria indesculpável. Encontro muito mais seriedade e compromisso, em uma apresentação circense do que em muitas “igrejas” por aí.

Questiono-me incansavelmente, devo parar de expor as mazelas da “igreja” e pintar o mundo cor de rosa e  de lilás?__ Não!

A fé alheia tornou-se um grande negócio, com lucro certo e garantido. Impérios televisivos, contas em nomes de terceiros em “paraísos” fiscais, aquisições de fazendas de gado, e de tolos. Tudo isso em nome de Deus e em nome de Jesus, por um sonho, por um desafio, por uma falta de caráter desmedida e por um comodismo e analfabetismo intencionalmente bíblico fabricado.

Quem quiser vender ou repartir as vestes de Cristo por um punhado de prata, e uma lasca de cobre, pode vim, as portas do inferno, que não necessariamente são aquelas desenhadas pelas igrejas/templos, estão abertas para você, basta escolher viver um evangelho corrompido e eleger seus apóstolos, bispos e missionários, e por falar em apóstolos para aqueles que buscam um exemplo, Judas está aí!

Paz e Vida

Fernando Saraiva

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