Dê a César o que é de César...E dê a Deus o que é de
Deus, assim disse Jesus certa vez aos fariseus que procuravam algum motivo para
o acusar. Recentemente essa afirmativa tomou contornos dramáticos nas
assertivas de minha fé.
Se Deus não é o culpado pelas desgraças e desventuras
da humanidade, pela fome, miséria, e holocausto social dos países pobres, como
ele pode ser o responsável pela sua mesa farta, pela cura de uma doença, uma cirurgia bem
realizada ou uma vitória no esporte? Ou Deus é responsável por tudo, ou não é
responsável por nada.
Creditar a Deus algo de bom que aconteça em nossas
simplórias vidas e ao mesmo tempo negar a sua responsabilidade diante de tragédias
ou infortúnios pessoais ou coletivos, parece ao meu vê uma grande contradição.
Um simples “foi da vontade de deus”, definitivamente
não me satisfaz! Buscar no suposto
livre arbítrio dos seres humanos a causa da injustiça e do “pecado” do mundo é
o que as
religiões melhor sabem fazer. Mas, quem foi mesmo que plantou a árvore
do bem e do mal no meio do Jardim?
Se Deus não quisesse que o homem caísse, não teria
ele impedido? Se Deus concedeu o livre arbítrio aos homens, então era da
vontade dele que tal ato ocorresse? Se Deus queria que o homem vivesse em uma
vida de santidade e harmonia, e se este sabia que o homem era propenso ao “mal” e a “desobediência”, então por que permitiu o livre arbítrio? Se o livre arbítrio
realmente existiu, haveria a
possibilidade de duas vontades tão diferentes coabitarem no mesmo
ambiente? E qual foi então a que se sobressaiu? O homem caiu por acidente
ou propositalmente?
Não tenho respostas para essas perguntas bem como
para tantas outras, no entanto a única coisa que sei é que devemos dar a César o que é
de César...E a Deus o que é de Deus. E nada mais!
Paz e Vida.
Fernando
Saraiva
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