08 setembro, 2014

A desculpa de nossa humanidade

"A DESCULPA DE NOSSA HUMANIDADE"


É do homem essa força devastadora e egoísta de perante o erro, justificar-se usando de todos os argumentos legítimos e ilegítimos. __Somos propensos ao erro, somos moralmente caídos, nossa natureza é reclinada ao mal, somos frágeis, somos isso é aquilo.

O inicio já não se mostrou nada promissor: Adão justificou-se perante Deus: __A mulher QUE TU me deste, por companheira, ELA me deu da árvore e comi; O Rei Saul seguiu o mesmo caminho querendo justifica-se diante Samuel: __ Porque  O POVO perdoou o melhor das ovelhas e das vacas; O empregado preguiçoso desculpou-se  ante seu senhor dizendo: __ Eu conhecia-te  QUE ÉS um homem duro, que ceifas onde não semeaste[...] e atemorizado, escondi na terra o teu talento.

Acovardamos-nos, escondemos-nos, justificamos nossos erros, nossos vícios, nossos defeitos, nossos pecados, valendo-nos da singela desculpa de nossa frágil humanidade.

Ao ouvir os passos de Deus no jardim, Adão já esperava a punição e desesperado recuou diante a culpa, Saul, não suportando a culpa de seus erros, agora claramente apontadas pelas interrogações de Samuel, apelou e acovardou-se transferindo a responsabilidade ao povo, diante o severo semblante de seu senhor, o empregado tentou culpa-lo por seu erro, tu és um senhor duro!

Em todos estes casos, a atitude perante o erro, foi justamente se esconder, se acovardar ou transferir a culpa a outro. Tornamo-nos com essa atitude duplamente culpados! Pedro ao vê seu erro, ter negado Jesus três vezes antes que o galo cantasse, foi para o canto e chorou amargamente, mas não deixou ser consumido pela culpa e não tentou transferi-la para ninguém, antes se tornou consciente dela e resignou-se prostrado diante a graça divina.

Ouvi certa vez que não saímos da presença de Deus para pecar, não há nenhum lugar no mundo em que eu possa sorrateiramente me esconder e pecar sem está na presença de Deus.

Senhor, tu sabes que tenho constantemente me rebelado contra ti, deliberadamente tenho me inclinado em favor da desobediência, do erro e do engano. Sei que és o meu refugio e socorro bem presente na angustia, e peço humildemente  que transforme o meu duro coração em um coração puro e reto, e que possa novamente sentir o gozo de está na sua presença, que possa assim como Pedro, como Paulo, e tantos outros reconhecer meus erros, e reconciliar meu espírito ao seu.

Amém

Fernando Saraiva

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