Enfim posso descansar das dores que me consomem, das dúvidas que me assombram e do medo que me constrange. As imperfeições que me sustentam, que moldam o meu ser e forjam a minha alma, das dúvidas que se somam, dos questionamentos que crescem sobre o manto invisível da fé, do tempero do crer e do crível cuja única certeza plausível que tenho, é que a minha fé...se faz um moinho...prestando a Deus...um perene e insondável culto de sua glória.
Nos campos floridos e perfumados ou nos vales sombrios e fúnebres, na sequidão da alma ou na abundancia da graça, o mesmo eu, aquele que se deixou abraçar-se e embalar no tênue fio da fé, encontrasse em uma nula neutralidade. Cri, descri, e creio novamente!!! Mais até quando, questiono-me!!! Encontro-me no alto de uma grande torre, e de repente, por um momento de tempo vejo-me caindo no terrível vazio, finalmente vejo-me livre, vejo-me...da forma como eu sou. Um eterno prisioneiro das dúvidas, algemado em uma prisão sem muros.
Dos insucessos da minha fé formal... institucional ... mortal... Aprendi com os descompassos dos cultos, dos cultos irracionais prestados a Deus, ou melhor, do louvor a mim mesmo prestado ou deveras entoado aos ministros de um pseudo-evangelho ilegítimo e despersonalizado de Cristo, um neo-evangelho que outrora outorgava e que agora renego com veemência, veemência sem igual, pois compreendi que no erro o errado era eu, pois me deixei enlaçar pelo prestigio passageiro e pelos títulos a mim ofertados...obreiro...dirigente...auxiliar entre outros.
O pseudo-evangelho deixou-me marcas, marcas profundas que definitivamente não quero esquecer, pois, esquecendo-me, seria facilmente levado a crer em sua existência, em seu “poder”. Por esta simplória razão...revivo-o para não mais flertar com suas doutrinas e me banha com os seus erros.
Após um longo período de inércia, de descanso. Pude enfim acordar... Das orações determinantes, dos louvores personificados. Ergui-me das profundezas de um neo-evangelho corrupto e mesquinho...para poder enfim descansar nos braços de um amigo fiel e soberano, de um homem chamado Jesus, que por seu amor recebeu em sua testa uma coroa de espinhos. Este é sem dúvidas...a perfeita completude de Deus e que não se assemelha em nenhum aspecto ao Cristo das religiões cristãs.
Paz e Vida!!!
Fernando Saraiva
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