23 novembro, 2012

 CORRUPÇÃO DO GÊNERO HUMANO


Qual o nível mais baixo que o ser humano pode chegar? Na mídia, incontáveis escândalos de corrupção de políticos e de servidores públicos engordam a pauta dos grandes noticiários brasileiros. Rombos milionários na Previdência Social, na Saúde, na Educação, na Segurança e em obras erguidas sem ou com licitações de "meia boca", enxurrada de dinheiro público simplesmente evapora e reaparece em alguns paraísos fiscais nos Alpes, tudo isso diante dos nossos olhares complacentes, como se não tivéssemos alguma responsabilidade com isso tudo.
Exigi-se que nossos políticos sejam honestos, que os servidores públicos sejam solícitos e zelem para com o patrimônio público, que alias e diga-se de passagem, também é nosso! No entanto, somos os primeiros, a furar fila no banco, estacionar na vaga destinada  a deficientes físicos, a não devolver o troco dado a mais pelo vendedor, a usar a sua amizade para obter um rápido atendimento e entre outros tantos mil casos.
A única coisa que difere aquele que desviou milhões da saúde para aquele que não devolveu o troco errado, é o sujeito (Ele e Eu)! A culpa do próximo, o erro do próximo, a queda do próximo, sempre é mais horrível e imperdoável do que os nossos próprios erros. Sempre achamos uma desculpa para nos desculparmos com nós mesmos, para aliviarmos a nossa consciência cauterizada. 
Confesso que algumas vezes já furei fila, não devolvi o troco dado a mais, e usei de amizades para ser rapidamente atendido e ou ter o meu problema resolvido. No momento pensava que estava ganhando alguma "vantagem", mas, apenas refletia o que a grande maioria das pessoas fazem: Sempre achamos uma desculpa para nos desculparmos com nós mesmos para aliviarmos a nossa consciência cauterizada. 
As vezes a forma como o outro vive a sua vida nos incomoda, MAS, será que paramos para avaliar a nossa?
Pense e Reflita.  
Fernando Saraiva

Um comentário:

  1. Olá Fernando,

    Viva o "jeitinho brasileiro" de resolver as coisas! O que não passa de justificas, para as atitudes "desleais", utilizadas para se beneficiar.

    Em relação a não "avaliar" apenas ao próximo, mas também a si mesmo, concordo plenamente. Como "diria" Brennan Manning (ao citar Anthony de Mello) no livro O Evangelho maltrapilho: "Normalmente vemos os outros não como são, mas como nós somos".

    Não quero generalizar, mas não tenho dúvidas de que muito do que condenamos no outro, se encontra de alguma forma presente em nós.

    Um abraço!

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