27 maio, 2013


“PARA QUE SERVE OS CONCEITOS”



Algumas vezes julgamos um livro por sua capa, e nos surpreendemos com o resultado da leitura, quer positiva quer negativamente. No entanto tal resultado deve-se a postura superficial com a qual julgamos as coisas, os fatos as pessoas.

Geramos mesmo que inconscientemente certos valores sobre as pessoas, isso pode se processar devido a questões raciais, sexuais, religiosas e afins. Não vou negar que estamos sujeitos a ela, mas que não devemos nos deixar influenciar por elas, e cairmos no erro de pré julgar a outros por meio de nossos pré conceitos distorcidos que criamos e alimentamos com a nossa superficialidade.

Temos a “mania” de absolutizar determinados conceitos tais como: “Todo roqueiro é drogado. Todo gay é promiscuo. Todo negro é bandido. Todo pastor é ladrão. Todo ateu é intolerante.”, sem nos darmos conta que “Todo idiota pensa assim!” ao deixar-se guiar pelo superficial, pelo estereótipo que não representa a totalidade da realidade dos fatos e nem das pessoas.  

Quem já assistiu ao filme Os Goonies”, deve-se lembrar do personagem Lotney  Fratelli, mas conhecido como 'Sloth', um individuo com aspecto tenebroso, mas com um coração cheio de afeto, carinho e bondade. Não poucas vezes julgamos as pessoas dessa forma, o externo ao invés do interno, e nem nos damos conta dos sentimentos, do caráter e do valor que esta pessoa tem.

Às vezes ainda me surpreendo com o discurso de ódio que acabo ouvindo todos os dias, um ódio gratuito, disseminando e dissimulado em um discurso de amor e liberdade que muitos desconhecem os significados.

Particularmente acredito que não existam, raças, vocações sexuais, opções religiosas, que sejam maiores que o sentido e privilegio de dividirmos a mesma a mesma natureza, à humanidade, independente de que época ou região geográfica nascemos, sempre seremos os mesmos!

Reflexão e Vida! 
Fernando Saraiva


26 maio, 2013

“PROTÓTIPO DE EVANGELHO”

É engraçado como as pessoas são cruéis mesmo sem se darem conta de sua crueldade. Falo por experiência de quem já viveu certas e embaraçosas situações com esse protótipo de evangelho mal acabado e concebido erradamente pelos legalistas.
Esse vai ser de certo modo um texto desabafo... Não que eu seja a pessoa mais importante do mundo, mas nos últimos dias (anos) venho acumulando uma quantidade incontável de tristes fatos oriundos de um cristianismo doentio que alguns vêm verbalizando e mostrando como a verdadeira face do cristianismo.
Hoje ao dirigir-me a determinado lugar, encontrei uma antigo “conhecido” dos tempos da igreja/templo, que logo me saldara não mais com a “paz do senhor” (cumprimento legalista dirigido de crente a crente e não mais que isso), mas sim com: Como vai ex- arcanjo! Fingi que não ouvira a provocação ou pelo menos “creio eu” descuido ou indelicadeza do mesmo, deixei passar essa  alfinetada básica, mas como todo “crente convertido e ungido” adora fazer, este veio inquiri sobre a minha vida, “ vida eclesiástica” diga-se de passagem com as clássicas perguntas: Como estas? Em que igreja você está congregando?
No entanto essa aparente preocupação com a minha “salvação” na verdade era apenas um modo que muitos encontram para buscar informações que possam dar a deixa que estes precisam para se vangloriar de quanto tementes a deus eles são, e de quanto “desviado” e “perdido”  eu me encontro.   
Sinceramente não consigo até hoje entender esse farisaico cristianismo que precisa diminuir, acusar e imputar culpa as outras pessoas como forma de auto exaltar-se. Como e infelizmente já estou acostumado com essas farpas soltas, já não mais me iro e nem sinto raiva dessas pessoas, pois o que posso sentir é simplesmente pena delas e desse protótipo de evangelho que inclui para excluir.
Infelizmente esse é um expediente muito usado pelos “crentes convertidos e ungidos” filhos da religião e do legalismo, que em sua grande maioria, nunca nasceram de novo e não reconhecem a graça de deus nem mesmo se tropeçassem nela. Apenas lamento que este tipo de cristão ache e fielmente acredita ser herdeiro do evangelho de Jesus.
Reflexão e Vida.
Fernando Saraiva    

25 maio, 2013

“AO DEUS DESCONHECIDO”


Ser divino que não consigo chamar de deus, dirijo-te essas palavras sem saber se as terás ouvido,  ou se estarás ai, aonde os homens de fé falam que estas.

De fato não sei se esta singela e sincera “oração” serás ouvida por ti, mas mesmo assim diante desta incerteza me dirijo a vós!

Não consigo compreender seus desígnios, teu conceito de amor e tua inigualável justiça, que diante de meus olhos parecem tão contraditórias como eu de fato sou.

Questiono-me e questiono-o, como pode um deus amoroso, permitir tanta desgraça, sofrimento e dor? As suas testemunhas dizem que a culpa é do ser humano, com sua sede de ganância e ódio desmedido, mas se vós tendes todo o poder, poderias ENTÃO sarar as feridas do mundo, mas prefere se omitir de sua responsabilidade!

Como posso louvar um deus que usa de todos os meios para ser louvado mesmo que para isso seja preciso nos ameaçar e nos torturar com os horrores do inferno em plena vida! Por que em meio às tragédias devo agradecer a ti por algum milagre se nada fizeste  para impedir a tragédia? Como posso dizer que foste as tuas mãos que me ampararam, quando vejo o meu vizinho padecer de fome, sede e de peste? Como posso entender que tenho “livre arbítrio” para fazer o mal, mas que supostamente é interrompido todas às vezes que você deseja dar-me um livramento ou mostrar-me uma prova de seu “amor” ou de seu “poder”?

Vejo tantas injustiças no mundo e onde estão os teus gloriosos planos para nós... Onde estás a justiça divina? Ser divino, por que nos esmagas com uma infinidade de regras que são tão absurdas, confusas, impraticáveis e inalcançáveis em sua plenitude ao ser humano, marginalizado  e chamando de pecador irreconciliável?

Tu deus, que exige mil louvores o tempo todo, como podes permitir que sejamos confundidos e enganados por tantas religiões diferentes, que exigem de igual modo louvores aos seus inúmeros deuses, se tu mesmo queres ser o único louvado para sempre?

Ser divino, não tenho raiva, nem ódio, nem rancor...Apenas queria entender teu conceito de amor e a tua inigualável justiça... Que privilegia alguns em detrimento da grande maioria.

Reflexão e Vida

Fernando Saraiva

21 maio, 2013


“MAS, SE NÃO TIVER AMOR?”




“Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta FÉ, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, MAS, se não tivesse amor, eu não seria nada.” (I Coríntios 13.2 NTLH)

Pensando bem no significado do amor, o qual tão bem “conhecemos” pelo menos teoricamente, e analisando o amor que muitos propagam utilizando-se  das prerrogativas do evangelho anunciado por  Jesus, pude notar certo distanciamento por parte de alguns em relação a prática deste amor.

O primeiro amor ao qual me refiro é o amor ao mundo, as pessoas do mundo, independente de suas escolhas, de suas opções, de suas imperfeições, de seus erros, de sua cor, etnia ou forma de vê a Deus. O segundo amor se refere a um amor inquisitivo, que não aceita o diferente, o exótico, o “esquisito” um amor que exige, que pune e que quer igualar as pessoas em um único perfil legalista.  Pergunto, qual desse amor a “igreja” mais propaga?

Acho interessante a utilização por alguns de certas mordomias que o evangelho trás para agredir, ofender, diminuir e excluir certas alas da humanidade, usa-se, e usa-se muito da expressão “Deus é amor, mas também é justiça!”. Como se por acaso conhecêssemos tão bem o significado do “amor e da justiça divina”! Que em muitos casos detém a aquilo que entendemos que eles sejam.  

O grande problema das religiões formais, é que estas impregnadas de dogmas, invariavelmente acusam-nos de ter pecado, tiram as nossas “almas”, para depois salvá-las de nós mesmos. Tiram nossa humanidade e preencham de uma fé demasiadamente putrefata de “orgias divinas”, que em nada representam o ser divino, mas sim, o falso moralismo de muitos lideres religiosos que vocacionam para si uma suposta autoridade celestial, mas que volta e meia são pegos em suas mentiras e crimes hediondos cometidos na calada da noite, quando os holofotes se apagam.

Vejo no discurso de muitos, o ódio tomando o lugar do amor, e o amor tomando aspecto de ódio. Conforme alertava Paulo Freire, educador brasileiro, “É preciso diminuir a distÂncia entre o que se diz e o que se faz, até que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”. Pessoalmente acredito que o amor, a divina expressão, não se faz de palavras, mas sim de atitudes, como posso dizer que amor alguém, se os meus atos dizem o contrário? Que possamos refletir o sentimento religioso que alguns têm, com a sensibilidade de existir do ser humano.

Reflexão e Vida.

Fernando Saraiva 

20 maio, 2013

“Os grileiros do reino”

Atualizado em: 17/02/2017

O título inicial desse texto era “Os representantes do evangelho”,  no entanto, tal palavra mostrava-se longe da realidade da ideia que queria expressar ao dirigir essas palavras ao papel da consciência. Grileiro, que denota aquele que age na ilegalidade, por meio de falsificações de documentos para torna-se proprietário de terras, exprime com mais fidelidade a dimensão dos pensamentos aqui transcritos, vamos a reflexão!

Particularmente ainda acredito no amor fraternal do cristianismo, naquele amor dos primeiros momentos, um amor humano, desprendido de status, de exaltações pessoais, de fome e sede pela verdade das escrituras, um amor que oferece a outra face, e o silêncio como resposta, de um cristianismo que se fortalecia entre o Coliseu e as prisões romanas!

Hoje muito embora ainda “revestido” sobre a identidade de amor fraternal, o cristianismo, o qual vemos todos os dias, ver-se perdido, sem rumo. Diante do esfacelamento de sua unidade, as escrituras, encontra-se diluído no vaso de doutrinas e de costumes perpetrado por homens, que em nome de seus cargos, títulos e de uma falsa autoridade, assenhoriam-se de Deus, da verdadeira mensagem do evangelho, apiedam-se de sua pobreza espiritual e juntam para si, paraísos materiais nesse lado da eternidade.

Infelizmente é cada vez mais comum, vermos líderes que corrompem seu povo e a mensagem das escrituras, fazendo apelos emocionais, apostando na fé das pessoas, nas suas necessidades e urgências, para juntar vultuosas somas de riquezas, baseada entre outros fatores, na ignorância e ganância desses, para galgarem prestígio na comunidade cristã e no meio político e econômico, viva o reino!

Tais lideres em seu cinismo, utilizam-se de “prerrogativas cristãs" para alcançarem vantagens pessoais, usam-se de chantagem e supostos favores divinos que este alcançariam para a sua plateia, destronando a Cristo do papel de mediador entre Deus e os homens, sendo eles mesmos, os portadores de bênçãos e maldições para aqueles que assistem as suas peçonhosas palavras.

Frases do tipo: Tenha amor pela obra de Deus, e contribua! São repetidas como mantras, como se Deus precisasse de algum templo construindo por mãos humanas para se abrigar!

Nos últimos meses acompanhei de perto intensos debates sobre quem representa quem no cenário político brasileiro, o mais triste de tudo isso, é vê que pessoas, herdeiras das promessas do profeta Jesus, o qual Paulo se referia como sendo aquele a quem os cristãos deveriam se assemelhar, ser substituído por figuras como Feliciano/Malafaia/José Wellington/R.R Soares/Macedo/ Valdomiro e tantos outros que representam somente a si mesmo e a sua ganância por poder e dinheiro.

O esquecimento de máximas cristãs de exame às escrituras sagradas, conforme pode ser observado em (Atos 17.11) em (I João 4:1-6) e tantos outros fragmentos textuais, denotam e dão a impressão, do analfabetismo bíblico de nossos irmãos, que em muitos casos são cúmplices dessa falsificação das palavras de Cristo, justamente por que buscam atender os seus próprios desejos carnais de riqueza e bem-estar, viva o reino!

Conforme aborda o escritor bíblico “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. (I Co 15:19). Aquilo que Deus oferece de graça e por graça, jamais pode ser comprado, negociado e falsificado por nenhuma intenção humana, ele sonda os nossos corações e mentes, e humilhará os soberbos e os mentirosos!

Cristo Jesus, a muito deixou verbalmente expresso que é "desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele" ( Mt 11:12 ), muito tomam para si as portas do reino, como se suas palavras fossem maiores do que as do mestre e salvador. Crer em um evangelho além da graça, é tornar-se escravo de um nova antiga lei de causa e efeito!

Crer nesses grileiros do reino, é dizer a si mesmo, que o favor imerecido de Deus dado por Jesus é insuficiente para salvar, sejamos autênticos e vigiemos e preservemos a verdadeira mensagem da cruz, mesmo ela nos acusando de pecadores, amantes dos prazeres e irreconciliáveis, pois quem faz de fato a obra é Deus!

Reflexão é Vida!

Fernando Saraiva

12 maio, 2013


"DE VOLTA AOS ESCRITOS"



Bem, já se vão quase quatro meses que não escrevia nada aqui no “Shekinah”, pouca coisa mudou de fato em minha vida nesse período, meu pensamento critico em resumo permanece o mesmo, minha visão de Deus continua a mesma dos últimos meses, minhas dúvidas, meus receios, minhas angustias, sim...Todas continuaram as mesmas. E tão por que volto a escrever novamente?

A resposta é simples, por mais que saiba o final de tudo isso. Os olhares, os conceitos, as expressões de desagrado que muitos fazem quando eu falo e escrevo sobre temas relacionados à fé, a deus (com “d” minúsculo mesmo) não mais me atingem. Não posso mais me privar de expressar-me e de aliviar e externar de certo modo o que sinto em meu coração, pelo simples fato que algumas pessoas não querem ouvir. Por que tenho que me calar, quando muitos falam, gritam e arrotam suas ideologias perto de mim?

Nesses últimos meses, encontrei algumas pessoas que me ouviram, e de certo modo tentaram entender o que sinto, sem antes me julgar por isso, senti um alivio, elas existem e como foi difícil encontra-las!

Fiz uma repaginada no blog, arquivei algumas postagens e excluí outras. Vi nessa linha do tempo de quase cinco anos de “Shekinah” o quanto eu mudei, vi que nem sempre o que escrevi era bom, vi que alguns textos, não mais representam quem eu sou hoje, não me reconheci neles, por esta razão preferi arquivar alguns e excluir outros, não como forma de negar o que eu escrevi antes, mais sim de contrapô-los, resgatarei no tempo oportuno.

O que proponho aqui, não é levantar uma legião de fãs, admiradores, desafetos ou quem quer que seja.  O que de fato me proponho é escrever o que eu sinto o que com palavras sonoras não consigo expressar! Se você caro amigo visitante, gostar ou não, eu não posso fazer nada, além de dizer: Prossiga!  

Pense e Viva,

Fernando Saraiva

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