04 janeiro, 2013

Um cristianismo de ponte ou de muros?

Imagem extraída de: Jornal da Parnaíba
Em minhas inflexões “Vim a perceber que meu descontentamento nunca fora com aquela igreja especificamente, mas sim com o cristianismo contemporâneo como instituiçãoSpencer Burke.

É interessante e triste pensar que em mais ou menos dois milênios, a palavra e o sentido de  ser igreja, passou por uma mudança significativa! O ser igreja, o ser chamado para fora, o ser o templo do Deus vivo nas atitudes, na semelhança da verdade, do proceder, da fé e do amor, tomou um rumo diferente!

Bem, não sei ao certo em que ponto do caminho, a igreja cristã se perdera, em quais doutrinas o amor foi institucionalizado, se estancou, se esfriou! Não sei ao certo se hoje vivemos verdadeiramente as “boas novas” anunciadas por Jesus, transbordando do seu exemplo, amor, humildade, serenidade, de sua fé ou vivemos uma “pseudo boas novas” pautada no egoísmo, no orgulho, na prepotência, na culpa, no medo, na aparência!

Ao se pensar nos seguidores de Cristo como um todo, que sentimentos sentimos? Quais palavras os/nos definiríamos? Seriamos pontes da verdade ou muros de religiosidade, da hipocrisia? Nos pareceríamos com a fé dos primeiros (Atos dos Apóstolos 11:26) ou com aqueles a quem Jesus comparou com sepulcros caiados (Mateus 23: 27,28)? Seríamos sopro de esperança ou vento frio que paralisa? Seríamos uma ponte que liga ou um muro que barra?

O blogueiro Danilo Fernandes foi ao cerne da questão ao dizer que “A igreja não deveria ser vista pelo mundo como aquela que quer impor as suas “verdades”, mas como aquela que engrandece o mundo por amor a verdade.”.

A igreja instituição por vez tratou de erguer muros entre as pessoas, ao invés, de construir pontes, felizmente essa situação é reversível. Sei que não se trata de uma tarefa fácil, mas que começa pelo protesto e crítica que cada um de nós pode fazer a respeito do cristianismo que nós mesmos vivemos e de como este convive com as demais pessoas ao nosso redor.

Ser igreja, vai muito além de está em um templo, ser igreja é viver experiências com Deus na vida cotidiana, no relacionamento com o próximo, em conversas francas e sadias… Ser ponte que liga é autoavaliar-se, é saber que aquilo que nos separa, não é maior do que aquilo e aquele que nós une!

Que Deus seja visto e louvado em nossas vidas e nos nossos relacionamentos, amém!

Paz e Vida,
Fernando Saraiva

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