25 junho, 2016

Falsa Luz


Diz à Sabedoria: “Tu és minha irmã!”, e ao Entendimento considera teu parente próximo; eles saberão te manter longe da mulher imoral e da pessoa leviana e bajuladora. Provérbios 7:4,5

Ao analisar a influência maligna no mundo, podemos perceber que hoje, diferentemente de anos atrás, esta não estar pautada no embate direto, em um antagonismo claro e clássico... luz e escuridão por exemplo, mas sim, na pretensa demonstração de uma luz em oposição a luz verdadeira.

Atualmente posso perceber a utilização de outras arma, artimanhas suaves, lisonjas, que de forma lenta e suave, vem fazendo morada no coração (sentimentos) e na razão do homem (racionalidade).

Antes tínhamos a clara noção do que era mau e perverso, do que era laço e do que era trevas... Hoje muitas são as palavras de sedução que engordam nossos corações, palavras de livramentos, sucessos e vitórias (Jeremias 7: 3-5), que no final podem conduzir, a frustração, angústia e morte, pois aqueles que ouvem palavras lisonjas e não as esquadrinhar em seu coração... cedendo a elas, perecerá em amargura. 

Que possamos, assim como disse o autor de provérbios 7, atar em nossa alma, os mandamentos do Senhor, a sabedoria e o entendimento que provém dele, e não dar razão ao nosso enganoso coração (Jeremias 17:9)!

Graça Revelada a todos!

Fernando Saraiva


10% de Graça


O problema do cristianismo assim como boa parte das religiões é que estas institucionalizaram seu "deus", aquelas que baseiam sua estrutura é um templo, chamam eles de "a casa de deus", reduzindo seu "deus" há um ajuntamento cínico de tijolo, cimento, barro e concreto.

Por vezes nos amedrontam com os horrores do inferno, ou com os gafanhotos do apocalipse que a tudo devoram, principalmente a saúde e o dinheiro. Como uma droga entorpecente o "sentimento religioso" se apodera de nossas faculdades, e a tudo quanto asneiras aceitamos sem julgarmos com a reta justiça.

Se você não contribui para a "obra de deus", ou se levantar questionar a "pseuautoridade" daqueles que se apossaram das chaves do reino, o próprio "deus" descerá de seu trono e te punirá com todas as sortes de males.

Ensinam estes, a temer um deus sanguinolento, punitivo e egoísta, que ao leve sinal de "desvio" te atira as mais duras provas do inferno para que você volte e "aceite novamente ele"...

Se ao invés de depositarmos os 10% nas mãos de homens corruptos, dedicássemos a assistir os órfãos e viúvas em tudo aquilo que necessitam, passaríamos entendermos o verdadeiro significado da GRAÇA de Deus, entenderíamos que se a graça de Deus me basta, não é mais necessário apresentar nenhuma espécie de sacrifício no templo como ainda é o costume de alguns.

O Deus da graça não desiste de nós, pois de maneira alguma, alguém nos arrebatará de suas mãos. Quando "sinonimatizamos" Jesus, ao templo, ao denominacionalismo, ao religiosismo, não só tornamos pequeno o seu nome, como nos distanciamos de sua graça perfeita.

Graça revelada,



Fernando Saraiva

Folhas Secas

Os últimos românticos ainda existem, apesar do mundo andar meio "desromantizado".

Por vezes o amor bate a porta e o negamos, não damos a oportunidade dele florescer e se tornar a mais bela flor de nosso jardim. Por vezes, mais frequente do que pensamos, transformamos o nosso coração em um jardim mal cuidado, com flores secas, árvores murchas, que nem mesmo as mariposas querem fazer abrigo...Imagina as borboletas?

O romantismo bobo, alegre, gostoso faz com que as nossas almas se tornem uma, nossos corpos se tornem um, e mesmo quando eles já mortificados pelo tempo não sejam tão atraentes assim, ainda assim, aquele mesmo desejo de serem um, ainda prevalecerá.

Os últimos românticos ainda vivem, pois seu romantismo não está pautado na estética, no efêmero, mas, em tudo aquilo que o alvo de seu amor representa.

Ninguém vive somente dias solares, festivos e férteis, o verdadeiro amor, supera os dias frios, as noites cálidas do destempero da TPM, da chegada da menopausa, da transformação do corpo, do enfraquecimento do vigor.

Eu particularmente me recuso a aceitar, que a última geração de românticos morrera igualmente como a última geração de crianças que brincaram nas ruas, bebiam água da torneira, que machucavam o joelho e usavam o temido Merthiolate para sarar.

Apesar de vivermos em um mundo "desromantizado" , cujo os valores são outros, os últimos românticos ainda estão por aí... E que bom que estão, pois a primavera ainda existe e as flores no jardim ainda florescem, deixemos de ser então folhas secas sem vida.

Pedaços de graça,

Fernando Saraiva 

Diário dos Sonhos


Tem dias ... noites madrugadas, que queremos é esquecer certos alfas e ômegas, esquecer certas dores e passos.

Tem dias ... noites madrugadas, que tua mente é convidada a vagar em meio a sussurros inteligíveis, sensíveis honestos.

Tem dias ... noites madrugadas, que o que mais queremos é infringir o tempo, obtuso, raso profundo duas derrotas seguidas. A não existência e seu reinício.

Tem dias... noites madrugadas, que mesmo ao e em meio ao descompasso da vida, passo a passo e lentamente, floresce o desejo de vencer o descontrole da mente.

Tem dias ... noites madrugadas, perdidas, desinteressantemente vividas, que o melhor e mais simples é não acordar e não ter que ver o reflexo opaco, ofuscado e vazio de seu rosto tépido no espelho.

Tem dias... noites madrugadas, que deixamos aberta a janela da alma e todos aqueles viventes ou não, podem por um tão breve momento eterno, ascender a materialidade dos vestígios do diário dos sonhos.

Tem dias ... noites madrugadas, que reservo pra mim e me debruço sobre a frágil escrivaninha da vida "fugaz mente" leio, releio e reviso o meu, diário dos sonhos perdidos...

Graça e Paz

Fernando Saraiva 

Tempo: Morada dos Vivos

A cada dia um recomeço, incerto, impreciso, intangível, apenas um recomeço!

Em meio a silenciocidade do tempo morremos, renascemos, mortos vivos seremos, de mentes serenas, perturbadas, mentes caídas perdidas!

Dia após dia, não nos damos conta que morremos todos os dias. Morremos alegres, morremos tristes, mas sempre morremos reclinado com a cabeça no travesseiro da vida.

Que morte tranquila, esta que se processa entre os lençóis de veludo... outro nome que criamos, dormir, nada mais é que a suspensão da vida, e quando dormimos nos encontramos vencidos, perdidos, fazendo pedidos! E Nesse momento crepuscular perfeito e pré feito, o invisível trabalha, reconstruindo, mascarando, remodelando, a caricatura finita de nosso ser.

Dia após dia, tentamos resolver problemas, vivermos amores, dividimos tempo sorrindo, cantando e chorando, sem sabermos ou nos darmos conta que ... o tempo devorará tudo. Inclusive os nossos risos e lágrimas.

A cada dia um recomeço, incerto, impreciso, intangível, apenas um recomeço! Mas... Se desistíssemos de tudo? Não saberíamos, não viveríamos nada disso tudo que nos faz morrer e nascermos todo santo dia. Celebremos a vida, celebremos os amigos, celebremos o hoje, pois hoje, hoje, hoje estamos vivos!

Graça e Paz

Fernando Saraiva

A salvação do sábio

Disse certa vez um príncipe menino, rei jovem sábio velho decadente e arrependido, que viriam dias nos quais não teríamos contentamento, dias dos quais os guardas da casa tremeriam, as portas da rua fechariam por causa do baixo ruído da moedura, e que igualmente o apetite pereceria ...

Chamado de sábio e o pregador em Israel, fez provérbios, melodias de amor ... E resumiu todo o serviço que se fez, faz e faremos debaixo do sol como sendo Vaidade das Vaidades, porque dizia ele ... Tudo é vaidade!

Ao chegar o findar de sua existência, dos muitos prazeres se entregou e de tudo aquilo que acreditava, pelas paixões as trocou... Pobre sábio triste pregador, do discurso refém se tornou.

A história não diz, resolveu caprichosamente esconde-nos o seu destino, mas assim como às palavras do sábio, fixadas pelo mestre das assembleias, reviveremos o nosso destino, e ao pó certamente regressaremos...

E enfim o nosso espírito estará novamente em casa ... Mas antes que a janela do tempo se fechasse, o pregador menino, sábio príncipe, rei decadente e arrependido, ao meu ver, demostra ter achado o caminho de volta, e lembrando dos tempos da sua mocidade disse que de tudo que se tem ouvido, filho meu atenta para isto! O FIM é temer a Deus, porque isto é o deve de todo homem!

Graça Revelada,

Fernando Saraiva

O falso profeta que mora em nós!

Em minhas crônicas vividas, analiso, como é fácil se colocar à parte dos outros. Se distanciar da realidade do próximo, mesmo às vezes, quase sempre, vivendo ou presenciando as mesmas histórias daqueles que nós acusamos de serem hipócritas e ou falsos profetas.  

Enquanto muitos se atentam a atirar bravatas do púlpito contra os falsos profetas e falsas igrejas, que sempre invariavelmente são as igrejas dos outros e nunca as suas próprias, falta-lhes reconhecer que ninguém quer sair da sua própria igreja e trabalhar pela unidade do evangelho, sem denominacionalismos baratos, hierarquias, bajulações, prestígios, politicagem e dinheiro.

Essa tarefa não recai somente aos pastores e as lideranças da igreja, mas é dever de todo cristão que ama e zela pela palavra, e ousa viver aquilo que se prega nos púlpitos  e que se encontra nas escrituras. 

Enquanto não reconhecermos nossos erros e limitações, as falhas e vícios que se encontram, em nossa própria “casa”, dificilmente entenderemos como é difícil sermos cristãos. 

Devemos deixar o orgulho de lado, o status e os cargos que ocupamos em nossas congregações, e abraçarmos a missão árdua e menos "holofótica" de reformamos a nós mesmos e o nosso evangelho corrompido pela perda da identidade da igreja cristã evangélica, que depois de quase cinco séculos de protesto, se dividiu tanto, que nem mais enxerga a sua própria origem! Devemos enfrentar o falso profeta que mora em nós, caso contrário, estamos a mercê de vivermos aquele outro evangelho que o Paulo já haviam informado que muitos começaram seguir

Paz e graça,

Fernando Saraiva

24 junho, 2016

Teologizar-se

Escrito em: São Luís, 19 de março de 2013. 

Teologizar, é teologizar a alma e esquecer dela! Teologizar a mente e torná-la vazia. Teologizar é a “ciência” que tenta desvendar os “mistérios” de Deus, do caos, do tudo, e do nada!

Teologizar, é uma teoria dentro de outras tantas, da qual escolho a melhor e a mais confortante, como: verdade absoluta, que eu mesmo relativo quando eu quero, afirmando que o pecado é ou está inserido nos prazeres que os outros sentem, e que eu mesmo o faço!

Teologizar, é trazer Deus, da esfera invisível de sua morada, para as lentes das dúvidas, dos tubos e ensaios científicos, é trazê-lo perante o tribunal que um dia, ele mesmo nos colocara!

Teologizar, é fazer o ridículo, é trazer o imaterial para a materialidade da vida, si é que é possível, é tornar o espírito um corpo vazio.

Teologizar, é a forma em que os racionalizantes racionais tentaram creditar Deus, os mistérios do universo, mas que somente trouxeram consigo as incertezas póstumas de um deus morto e ou distantes dos seres humanos.

Teologizar, é fazer perguntas difíceis e mesmo assim, se agarrar a um nanocientífissimo, de uma fé possível...

Teologizar, é de certo modo aventurar-se por um oceano de incertezas e mesmo assim manter-se vivo e agarrados nos destroços do navio, e ainda assim creditar a Deus a sua salvação, sendo que ele mesmo não impedira que outros padecessem ao seu redor…

Teologizar, é se colocar no lugar de DEUS e se questionar ...“Se é certo que um deus fez este mundo, não queria eu ser esse deus: as dores do mundo dilacerariam meu coração”. Arthur Shopenhauer

Pedaços ausentes de graça e vida,

Fernando Saraiva

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